Mundo

EUA querem mais segurança em aeroportos estrangeiros

A inteligência norte-americanas está preocupada com a possibilidade de a Al-Qaeda estar desenvolvendo uma bomba nova e aperfeiçoada


	Aeroporto de NY: não há indícios de que tal bomba tenha sido criada
 (Wikimedia Commons)

Aeroporto de NY: não há indícios de que tal bomba tenha sido criada (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2014 às 11h33.

Washington - Autoridades de inteligência norte-americanas estão preocupadas com a possibilidade de a Al-Qaeda estar desenvolvendo uma bomba nova e aperfeiçoada que passe sem ser detectada pela segurança dos aeroportos.

Não há indícios de que tal bomba tenha sido criada ou existe uma ameaça específica aos Estados Unidos, mas o governo Obama pediu na quarta-feira a intensificação das medidas de segurança em aeroportos estrangeiros que tenham voos diretos para os Estados Unidos.

A inteligência norte-americana recolheu indícios de que fabricantes de bombas da Al-Qaeda na Península Árabe, sediados no Iêmen, viajaram para a Síria onde se reuniram com um grupo filiado da rede terrorista no local, a Frente Nusra, segundo um funcionário de contraterrorismo, que falou em condição de anonimato.

Segundo ele, a intensificação das medidas de segurança foram implantadas no mês passado.

A Al-Qaeda na Península Árabe tem se concentrado, há tempos, em derrubar aviões com explosivos escondidos. O grupo esteve por trás de planos fracassados e frustrados envolvendo suicidas com explosivos em roupas íntimas e artefatos escondidos em cartuchos de impressora enviados em aviões de carga.

No último ano, norte-americanos e cidadãos de outros países do Ocidente têm viajado para a Síria para lutar contra o governo sírio. O temor é que esses combatentes, que têm passaportes dos Estados Unidos e de outros países ocidentais, e, portanto são alvo de medidas menos rigorosas de segurança, possam carregar consigo uma bomba para um avião norte-americano.

O funcionário de contraterrorismo recusou-se a descrever a bomba mas, no passado, autoridades falaram sobre explosivos não metálicos implantados cirurgicamente no interior de um viajante e fabricados para não serem percebidos em revistas e por detectores de metal.

O pedido para a intensificação na segurança não tem ligação com o recente aumento da violência no Iraque, afirmou o funcionário de contraterrorismo, que pediu para não ter o nome divulgado.

Outra autoridade norte-americana, que também falou em condição de anonimato, disse que as medidas não tem relação com o feriado de 4 de julho (Independência dos Estados Unidos) ou qualquer ameaça específica.

As medidas adicionais de segurança são derivadas de um "excesso de cautela", afirmou a autoridade norte-americana.

"As pessoas não devem reagir de forma exagerada às medidas, mas existem claras preocupações centradas na segurança da aviação sobre as quais precisamos permanecer vigilantes", afirmou o secretário de Segurança Interna Jeh Johnson à emissora MSNBC na noite de quarta-feira. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:AeroportosAl QaedaEstados Unidos (EUA)IslamismoPaíses ricosSegurança públicaSetor de transporteTerrorismoTransportes

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru