Estados Unidos garante que continua em busca da neutralização da Al-Qaeda (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2011 às 22h40.
Washington - Os Estados Unidos querem a "destruição total" da Al-Qaeda, e, para isso, atacarão seus dirigentes refugiados nas zonas tribais do noroeste do Paquistão, impedindo-os de estabelecer bases no Paquistão ou Afeganistão, disse nesta quarta-feira John Brennan, principal assessor antiterrorismo do presidente americano, Barack Obama, durante a apresentação da nova estratégia americana contra grupos terroristas.
"Isso é uma guerra, uma grande, prolongada, integrada e incessante campanha que aproveitará cada elemento do poder americano", disse Brennan. "E não buscamos outra coisa senão a total destruição desse diabo que se chama Al-Qaeda", completou.
Contudo, Brennan advertiu que não se trata de uma "guerra global", referindo-se a "guerra contra o terrorismo" declarada pelo presidente George W. Bush, após os atentados do 11 de setembro.
"Em outras palavras, queremos que a Al-Qaeda seja incapaz de organizar atentados contra nosso território, nossos cidadãos e nossos aliados", disse.
"Assim, temos que atacar as organizações aliadas da Al-Qaeda no Iêmen, Somália, Iraque e no Magreb, que são cada vez mais perigosas (...)", declarou Brennan.
Na mesma linha, o presidente Barack Obama prometeu nesta quarta-feira manter a pressão sobre a Al-Qaeda, dois meses depois da morte do chefe da rede terrorista, Osama bin Laden.
"As operações americanas no Afeganistão e no Paquistão conseguiram comprometer gravemente a capacidade da Al-Qaeda", declarou Obama durante uma coletiva de imprensa, acrescentando que a rede agora "tem muitas dificuldades para para funcionar e financiar-se".
"Continuaremos mantendo a pressão sobre eles", enfatizou.
Obama também disse que a capital afegã, Cabul, agora é muito mais segura que antes, apesar do ataque talibã contra o Hotel Intercontinental, alertando que ataques como este continuarão por mais algum tempo.
"Cabul é mais seguro que antes e as forças afegãs são mais capazes do que eram. Isso não significa que não vá haver mais ataques como este. Haverá durante algum tempo. Nosso trabalho ainda não terminou", concluiu Obama.