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EUA querem China próspera, pacífica e estável, diz Obama

Barack Obama disse que seu país quer ver uma China "em alta, próspera, pacífica e estável"

O presidente americano, Barack Obama (e), cumprimenta o presidente da China, Xi Jinping, durante cúpula (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

O presidente americano, Barack Obama (e), cumprimenta o presidente da China, Xi Jinping, durante cúpula (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2014 às 08h56.

Pequim - O presidente americano, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que os "Estados Unidos querem ver uma China em alta, próspera, pacífica e estável", e que embora os dois países sejam concorrentes, também há espaço para a cooperação em uma "ampla gama de desafios e oportunidades".

Entre esses desafios, citou a luta contra o ebola, a mudança climática e a proliferação nuclear. Obama fez as declarações em um fórum de líderes empresariais durante o Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que está sendo realizado entre hoje e amanhã em Pequim.

Em discurso de forte caráter econômico, Obama destacou que os Estados Unidos "ajudaram a integrar a China à economia global, porque isso também é favorável aos interesses americanos".

Obama ressaltou as recentes conquistas da economia dos EUA, como o forte aumento da produção de gás e petróleo e o aumento do crescimento de emprego, e definiu 2014 como o melhor ano para o país desde a década de 1990. O presidente afirmou ainda que "não deveria haver nenhuma dúvida de que os Estados Unidos continuam comprometidos com a Ásia".

Obama disse que seu país continuará promovendo "a segurança e o crescimento econômico" na região Ásia-Pacífico, para que este seja "equilibrado, forte e sustentável".

Sobre as relações bilaterais com a China, Obama lembrou seu encontro com o presidente Xi Jinping em junho de 2013, na Califórnia, quando o dirigente chinês afirmou que o "Oceano Pacífico é suficientemente grande para ambas as nações".

Quase um ano e meio depois, Obama referendou as palavras de Xi e considerou que trabalhar em conjunto com a China "responde aos melhores interesses do mundo".

"Se China e Estados Unidos podem trabalhar juntos, o mundo inteiro se beneficiará", argumentou.

Obama expressou seu interesse em continuar trabalhando para conseguir um "ambicioso tratado de investimento bilateral que abra a economia chinesa aos investidores americanos, e que traga inclusive mais oportunidades para ambos os países".

Além disso, anunciou que chegou a um acordo com a China para relaxar a política de vistos, de modo que as permissões para turismo e negócios sejam válidas por um período de 10 anos e de estudantes por 5 anos (atualmente duram um ano).

Embora pisando em ovos, o governante americano também se referiu a algumas desavenças com a China nas áreas de comércio, investimento e direitos humanos.

Obama disse que os EUA observam "as ações específicas que a China toma para expandir o comércio e o investimento (...), para criar assim um campo mais equilibrado no qual as políticas promovam os consumidores e não beneficiem uma companhia sobre a outra".

"Esperamos que a China se transforme em uma economia inovadora que proteja os direitos de propriedade intelectual e rejeite a ciberespionagem para benefícios comerciais", acrescentou.

De forma breve e sem especificar, Obama mencionou que também espera que a China "se levante a favor dos direitos humanos e da liberdade de imprensa".

"Não sugerimos estas coisas porque achamos que sejam boas para os Estados Unidos, mas porque achamos que são boas para um crescimento sustentável e para a estabilidade da região da Ásia-Pacífico", concluiu.

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