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EUA quer resolução "forte" sobre a Síria

Kerry conseguiu na semana passada, após três dias de negociações na capital suíça, um acordo com Lavrov para obrigar a Síria a entregar as armas químicas


	John Kerry: secretário do Estado dos EUA fez um pedido à comunidade internacional para que reaja com agilidade ao recente relatório das Nações Unidas que confirmou uso de armas químicas na Síria
 (Jose Miguel Gomez/Reuters)

John Kerry: secretário do Estado dos EUA fez um pedido à comunidade internacional para que reaja com agilidade ao recente relatório das Nações Unidas que confirmou uso de armas químicas na Síria (Jose Miguel Gomez/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 16h44.

Washington .- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, conversou com o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, nesta quinta-feira sobre o processo para conseguir uma resolução "forte" no Conselho de Segurança das Nações Unidas que force à Síria a se desfazer das armas químicas que possui.

Kerry e Lavrov, que estão em contato diário para tratar do assunto, selaram um acordo em Genebra fim de semana passado para destruir o arsenal químico do regime sírio, e que, segundo os EUA, teria sido utilizado em 21 de agosto no ataque na periferia de Damasco.

Após uma reunião com seu colega holandês, Frans Timmermans, no Departamento de Estado, Kerry informou aos jornalistas que tinha tido uma conversa telefônica bastante longa com Lavrov.

"Conversarmos para que a cooperação acordada entre nós continue, não só rumo a adoção das normas e regulamentos da Convenção Internacional sobre Armas Químicas (pela Síria), mas também para conseguir uma resolução que seja firme e forte dentro das Nações Unidas. Vamos seguir trabalhando nisso", insistiu o secretário de Estado.

Às vésperas da Assembleia Geral da ONU que acontecerá na próxima semana em Nova York, Kerry fez um pedido nesta quinta-feira à comunidade internacional para que reaja com agilidade ao recente relatório das Nações Unidas que confirmou o uso de armas químicas na Síria.

"Resta pouco tempo. Não vamos debater sobre algo que já sabemos", disse Kerry em coletiva no Departamento de Estado, e ressaltou que todos os dados do relatório das Nações Unidas confirmam o uso de gás sarin no ataque do último dia 21.

Kerry conseguiu na semana passada, após três dias de negociações na capital suíça, um acordo com Lavrov para obrigar a Síria a entregar as armas químicas que possui, de forma "imediata e total", para posterior destruição.

Os esforços entre Rússia e Estados Unidos são fruto de um processo diplomático que freou a primeira decisão do presidente americano, Barack Obama, de realizar um ataque em represália a Síria depois de divulgadas as primeiras informações sobre o uso de armas químicas em Damasco. 

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