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EUA propõem "zona de estabilidade" na Síria para refugiados

A ideia é que refugiados e deslocados internos possam voltar para casa nas áreas antes ocupadas pelo Estado Islâmico

Síria: o secretário de Estado não deu mais detalhes sobre as chamadas "zonas de estabilidade" (Defne Karadeniz/Getty Images)

Síria: o secretário de Estado não deu mais detalhes sobre as chamadas "zonas de estabilidade" (Defne Karadeniz/Getty Images)

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EFE

Publicado em 22 de março de 2017 às 14h57.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, anunciou nesta quarta-feira que a coalizão antijihadista liderada por seu país vai tentar criar "zonas interinas de estabilidade" na Síria para que os refugiados e deslocados internos possam voltar para casa nas áreas antes ocupadas pelo Estado Islâmico (EI).

"Os Estados Unidos aumentarão a pressão contra o Estado Islâmico e a Al Qaeda e trabalharão para estabelecer zonas interinas de estabilidade, através de tréguas, para permitir que os refugiados voltem para casa", disse Tillerson no início da reunião da coalizão contra o EI, formada por 68 países e organizações.

Tillerson previu que a campanha contra o EI entrará em breve em uma fase de "estabilização" nas áreas liberadas no Iraque e na Síria, e anunciou que os países-membros da coalizão comprometeram mais de US$ 2 bilhões em ajuda humanitária e para a remoção de minas antipessoais nessas áreas.

O secretário de Estado não deu mais detalhes sobre as chamadas "zonas de estabilidade", e não esclareceu se estas se limitariam à Síria ou se também seriam estabelecidas em partes do Iraque.

Espera-se que essas zonas sejam estabelecidas nas áreas anteriormente controladas pelo EI e a Al Qaeda e que foram libertadas pelos ataques da coalizão liderada pelos EUA e das forças turcas na Síria.

A oposição síria vem pedindo há muito tempo que os EUA estabelecessem "zonas seguras" em seu país, protegidas do ar pelas forças americanas, mas a iniciativa proposta por Tillerson parece ter como única garantia o estabelecimento de tréguas para certas áreas geográficas na guerra civil da Síria.

"Derrotar o Estado Islâmico (EI) é a prioridade número 1 dos EUA na região", defendeu Tillerson durante a reunião.

O chefe da diplomacia americana também previu que a morte do líder máximo do EI, Abu Bakr al Bagdadi, está próxima.

"Quase todos os ajudantes mais destacados de Baghdadi já estão mortos, entre eles o que planejou os ataques em Bruxelas e Paris. É só uma questão de tempo para que o próprio Baghdadi encontre o mesmo destino", frisou Tillerson.

O secretário de Estado defendeu que o fluxo de combatentes estrangeiros para o Estado Islâmico caiu 90% no último ano, porque é "mais difícil para os terroristas entrar e sair" do Iraque e da Síria graças, em parte, aos esforços da coalizão.

Tillerson pediu aos representantes dos 68 países e organizações da coalizão que "façam mais" para contribuir em uma luta na qual os Estados Unidos são responsáveis por 75% dos recursos militares e 25% da ajuda humanitária.

"Os Estados Unidos seguirão fazendo sua parte, mas as circunstâncias no terreno requerem mais de todos vocês", afirmou o secretário americano.

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