Uber: as informações foram obtidas numa checagem de antecedentes num processo sobre preço (Adam Berry/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2016 às 14h15.
Nova York - Um juiz federal nos Estados Unidos proibiu nesta segunda-feira o Uber e seu presidente-executivo Travis Kalanick de usarem informações obtidas numa checagem de antecedentes num processo sobre preço, afirmando que a empresa que conduziu as investigações se envolveu em uma conduta criminal.
O juiz distrital Jed Rakoff de Manhattan disse que a empresa Ergo cruzou a linha quando o investigador não licenciado mentiu para amigos e conhecidos do autor do processo Spencer Meyer em uma tentativa de desenterrar informações depreciativas sobre ele e seu advogado.
Rakoff criticou o investigador por reivindicar a busca de informações sobre "vai-e-vem de pesquisadores em conservação ambiental", quando o propósito real mais provável era intimidar Meyer ou prejudicar o seu caso sobre práticas de preços do Uber, o serviço de compartilhamento de carros.
O juiz disse que a Ergo estava "envolvida em conduta fraudulenta e, possivelmente criminosa" e que muitos dos documentos que procurou proteger "foram destinados a facilitar esta atividade fraudulenta e, possivelmente criminal."
Os advogados de Ergo, Uber e o autor do processo não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. Rakoff disse que o Uber e Kalanick não se opuseram a uma proibição de seu uso de informações recolhidas pela Ergo, contanto que eles não admitam irregularidade.