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EUA pressionam palestinos para que suspendam campanha na ONU

O país é contra o reconhecimento internacional a um Estado palestino no momento

Os palestinos aspiram a estabelecer um Estado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental, territórios ocupados por Israel desde 1967 (Musa al-Shaer/AFP)

Os palestinos aspiram a estabelecer um Estado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental, territórios ocupados por Israel desde 1967 (Musa al-Shaer/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 12h09.

Ramala - Representantes dos Estados Unidos se reúnem nesta quinta-feira em Ramala com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, para pedir que suspenda sua campanha na busca por reconhecimento internacional a um Estado palestino na ONU, informaram à Agência Efe fontes palestinas.

O enviado dos EUA para o processo de paz no Oriente Médio, David Hale, e o destacado assessor da Casa Branca Dennis Ross se encontram na região com o fim de exercer pressões de última hora para dissuadir os palestinos de comparecer ao organismo internacional em busca de apoio ao seu reconhecimento como Estado.

Hale e Ross já haviam se reunido com os dirigentes palestinos na semana passada em Ramala com o mesmo objetivo.

Fontes oficiais palestinas consultadas pela Efe disseram que os americanos "não têm nada a oferecer" e estão pedindo à Autoridade Nacional Palestina (ANP) que "não recorra à ONU, nem ao Conselho de Segurança, nem à Assembleia".

As fontes qualificaram a estratégia empregada por Washington como "práticas diplomáticas não dignas de um país que se diz democrático". Além disso, mencionaram o fato de há meses os palestinos oferecerem aos americanos redigir conjuntamente um texto para ser apresentado na Assembleia Geral ou no Conselho de Segurança da ONU, proposta à qual "os norte-americanos se negaram o tempo todo".

O porta-voz da Embaixada dos EUA em Israel, Kurt Hoyer, disse à Efe que os enviados, que chegaram na noite da quarta-feira, se reunirão com dirigentes palestinos e israelenses, e que sua visita faz parte dos esforços contínuos dos Estados Unidos para levar as duas partes de volta à mesa de negociação.

O ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Maliki, reiterou nesta quinta-feira em entrevista coletiva a decisão de comparecer ao Conselho de Segurança da ONU na busca pelo reconhecimento a um Estado palestino independente.

Segundo Al-Maliki, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, apresentará a reivindicação de direito pleno ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, ao concluir seu discurso na Assembleia Geral previsto para 23 de setembro.

Os palestinos aspiram a estabelecer um Estado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com capital em Jerusalém Oriental, territórios ocupados por Israel desde 1967.

EUA e Israel se opõem à campanha por considerarem que o Estado palestino deve ser estabelecido apenas mediante negociações diretas entre as partes.

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