West Point - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira em um discurso na Academia Militar de West Point, em Nova York, que após deixar para trás uma "longa temporada de guerras", os EUA "poucas vezes foram tão fortes em relação ao restante do mundo".
Um dia após anunciar seu plano para a retirada gradual das tropas americanas no Afeganistão, o governante afirmou que colocou fim à guerra do Iraque e defendeu a posição adquirida pelos Estados Unidos após os conflitos.
"Nossos militares não têm comparação. As possibilidades de uma ameaça direta contra nós por parte de qualquer país são baixas, e não podem se comparar aos perigos que enfrentamos durante a Guerra Fria", argumentou Obama.
Segundo o presidente, aqueles que "sugerem que os Estados Unidos estão em decadência, ou que perderam sua liderança global, estão mal interpretando a história ou envolvidos em políticas partidárias".
"Os Estados Unidos devem liderar no cenário mundial. Se não fizermos, ninguém fará", sentenciou Obama, argumentando que "quando um tufão atinge as Filipinas, sequestram meninas na Nigéria ou homens mascarados ocupam um edifício na Ucrânia, é aos Estados Unidos que o mundo olha para pedir ajuda".
"Os Estados Unidos são a única nação indispensável. Isso foi certo durante o século passado e seguramente seguirá sendo no próximo século", acrescentou.
Em seu discurso, Obama anunciou que trabalhará com o Congresso para criar um fundo de cooperação antiterrorista de US$ 5 bilhões, com o objetivo de "trabalhar com os países onde os terroristas estão se fortalecendo", como o Iêmen, Somália e Mali.
Além disso, prometeu aumentar o apoio aos elementos moderados da oposição da Síria e aos países vizinhos.
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1. O fim dos Estados Unidos como o conhecemos?
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1/10 (Getty Images)
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2. Cidadania americana
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2/10 (Ali al-Saadi/AFP)
Em 2013, 2999 cidadãos americanos renunciaram a sua cidadania, o maior número da história e um aumento de 753% em relação a 1998
Entre 2012 e 2013, o salto foi gigantesco: de 932 para 2999. Fonte:
Treasury Department/PolicyMic
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3. Mais idas que vindas
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3/10 (Getty Images)
Em 2012, 8 países receberam mais americanos que mandaram seus cidadãos para os EUA, entre eles Brasil, China, Austrália e Chile.
Em 2011, esse “déficit” só tinha ocorrido com 4 países. Fonte:
UniGroup Relocation/Business Insider
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4. Sem religião
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4/10 (REUTERS/Lucas Jackson)
Em 1990, 7,7% diziam não ter nenhuma afiliação religiosa. Em 2012, essa porcentagem chegou a 19,7%. Entre jovens de 18 a 24 anos, 1 entre 3 se diz sem religião. Entre os que se dizem liberais, essa porcentagem chega a 40%. Em 1972, apenas
1 entre 20 não tinha religião. Em 2013,
1 entre 5. Fonte:
General Social Survey
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5. O melhor país do mundo
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5/10 (AFP)
50% dos americanos de 65 anos ou mais acreditam que nenhum país é melhor que os EUA.
Entre os jovens de 18 a 29 anos, essa porcentagem cai para 27%. 12% deles acreditam que há outras nações melhores. Fonte:
Pew Research Center (2011)
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6. Orgulho da América
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6/10 (Stock.xchng)
2 entre 3 idosos nos EUA dizem ter “extremos orgulho da América”. Apenas 2 entre 5 jovens dizem o mesmo. Americanos acima de 50 anos são mais propensos que os europeus (superando-os em 15 pontos percentuais) a falar que “a cultura americana” é superior. Entre os jovens americanos, é ao contrário: são menos propensos que os europeus em afirmar isso. Fonte:
Public Religion Research Institute
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7. Determinismo americano
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7/10 (Jewel Samad/AFP)
Os americanos sempre alimentaram a noção de que, não importando o meio, você poderia vencer e ser rico. Os jovens não pensam assim: eles são mais propensos que os adultos (14 pontos mais) a dizer que, nos EUA, a riqueza se deve mais ao “berço e aos contatos certos” que “ao trabalho, ambição e educação”. Fonte:
Pew Research
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8. Capitalismo x Socialismo
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8/10 (Joe Raedle/Getty Images)
Os adultos dizem preferir o capitalismo ao socialismo com uma vantagem de 27 pontos percentuais. Já os jovens por pouco não preferiram o socialismo em sua maioria. Em 2003, os americanos concordavam mais com a afirmação “o livre-mercado é o melhor sistema” que italianos, alemães ou britânicos. Em 2010,
a situação se inverteu. Fonte: Pew Research e GlobeScan
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9. Senhores das armas
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9/10 (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Os adultos americanos acreditam muito mais que os adultos britânicos que o seu país não precisa de aprovação da ONU para ir à guerra (29 pontos percentuais acima). Entre os jovens essa diferença é de apenas 8 pontos percentuais. Jovens americanos
concordam mais com a afirmação "os EUA devem levar os interesses de seus aliados em conta, mesmo que isso comprometa o interesse americano" que os americanos mais velhos (23 pontos percentuais acima). Eles também são muito mais favoráveis à ONU que os mais velhos (24 pontos percentuais acima).
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10. Entenda mais sobre as mudanças nos EUA
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10/10 (Alex Wong/Getty Images)