Juan Orlando Hernández: segundo o TSE de Honduras, nas eleições presidenciais do dia 26 de novembro, Hernández obteve 42,95% dos votos (Ezequiel Becerra/AFP/AFP)
EFE
Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 06h24.
Washington - O governo dos Estados Unidos pediu, na segunda-feira, que a oposição de Honduras utilize as vias legais estabelecidas no país para recorrer a proclamação de Juan Orlando Hernández como presidente reeleito, se ele não concordar com a decisão do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).
"Nós entendemos que esta decisão (do TSE) ativa um período de cinco dias, conforme o estabelecido pela lei hondurenha, para apresentar qualquer impugnação ao resultado das eleições.
Encorajamos os partidos políticos que utilizem esta via para colocar qualquer preocupação que possam ter", disse o governo americano, através de um comunicado.
Na nota, Washington não felicitou Hernández, proclamado no último domingo presidente eleito pelo TSE, uma decisão rejeitada por seu rival, Salvador Nasralla, que pediu "mobilização imediata" por fraude.
Além de utilizar o prazo legal estabelecido, os Estados Unidos também pediram aos hondurenhos que "evitem a violência" e aos líderes políticos para "sublinhar seus seguidores a necessidade de resolver pacificamente as diferenças".
"Também é importante - acrescentou - que o governo garanta que as forças de segurança respeitem os direitos dos manifestantes pacíficos".
Segundo o TSE de Honduras, nas eleições presidenciais realizadas no dia 26 de novembro, Hernández obteve 42,95% dos votos contra 41,24% de Nasralla, candidato da Aliança de Oposição contra a Ditadura.
A missão eleitoral da Organização de Estados Americanos (OEA) em Honduras denunciou "irregularidades, erros e problemas sistêmicos" nas eleições, e disse "não ter certeza sobre os resultados".
De fato, o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, propôs "novas eleições para garantir a paz e harmonia em Honduras antes da impossibilidade de dar certeza ao resultado eleitoral".
Nasralla esteve na segunda-feira, na sede da OEA, em Washington, para entregar supostas provas da fraude. EFE