Praia atingida por petróleo (AFP/Getty Images/Spencer Platt)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
São Paulo - O governo dos EUA entrou em uma corte federal do Estado da Louisiana com um pedido de retorno do banimento realizado em maio às escavações de poços de petróleo no Golfo do México que ultrapassassem os 500 pés de profundidade (152,4 metros), disse o jornal americano New York Times.
Segundo o Ministério da Justiça do país, a moratória de seis meses é necessária para a adoção de medidas de segurança e proteção ambiental após o acidente envolvendo a BP. As autoridades acreditam que, devido à ineficácia da empresa britânica em conter o atual vazamento de petróleo, uma nova ocorrência do tipo poderia ser muito mais desastrosa.
O Ministério do Interior, que regula a exploração de gás e petróleo no território e na costa dos EUA, argumenta que ações imediatas devem ser tomadas para minimizar os riscos de um novo incidente. "Os perigos são ainda maiores agora, com a chegada da temporada de furacões", disse o governo em nota.
A moratória havia sido aprovada em 30 de maio e paralisou as atividades de centenas de pessoas envolvidas na operação de poços de alta profundidade, afetando duramente a economia da costa do Golfo do México. Foram 33 projetos de escavação congelados e diversos novos pedidos negados - apesar disso, as instalações que já estavam em produção continuaram seus trabalhos.
Com isso, em 22 de junho, uma empresa da Louisiana que presta serviços a poços de petróleo, a Hornbeck, conseguiu uma liminar na corte de Nova Orleans que bloqueava a implementação do banimento. O juiz Martin Feldman, após o grande número de pedidos vindos de empresas relacionadas à exploração petrolífera, considerou a moratória uma ação ilegal do governo, e a suspendeu.