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EUA pedem que países asiáticos revisem laços com Coreia do Norte

O secretário de Estado dos EUA recebeu os ministros de Relações Exteriores dos países-membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático

Rex Tillerson de mãos dadas com representantes do ASEAN: "Não estamos pedindo especificamente a nenhum país que corte seus laços diplomáticos, mas que revisem as relações que têm" (Yuri Gripas/Reuters)

Rex Tillerson de mãos dadas com representantes do ASEAN: "Não estamos pedindo especificamente a nenhum país que corte seus laços diplomáticos, mas que revisem as relações que têm" (Yuri Gripas/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de maio de 2017 às 19h17.

Washington - Os Estados Unidos pediram nesta quinta-feira a dez nações do sudeste asiático que revisem seus laços diplomáticos com a Coreia do Norte, e que paralisem suas atividades nas ilhas do mar da China Meridional enquanto avançam as negociações sobre as disputas territoriais com Pequim nessa região.

O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, recebeu em Washington os ministros de Relações Exteriores dos países-membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), integrada por Birmânia, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

Em pleno ressurgimento das tensões entre Washington e Pyonyang, o governo de Donald Trump pediu que todos os países implementem estritamente as sanções da ONU contra a Coreia do Norte, e que todos os países suspendam ou reduzam suas relações diplomáticas com essa nação para aumentar a pressão internacional.

Essa mensagem tem especial sentido no caso da ASEAN, cujos dez membros têm relações diplomáticas com Pyongyang, e deles, cinco têm embaixadas na capital norte-coreana.

"Não estamos pedindo especificamente a nenhum país que corte seus laços diplomáticos, mas que revisem as relações que têm", explicou aos jornalistas o subsecretário adjunto de Estado dos EUA para o Sudeste Asiático, Patrick Murphy.

A Coreia do Norte tem uma presença diplomática em capitais estrangeiras "que frequentemente excede suas necessidades diplomáticas" e às vezes lhe ajuda a desenvolver suas atividades comerciais, detalhou Murphy ao final do encontro multilateral em Washington.

Tillerson reiterou essa mensagem hoje a seus homólogos da ASEAN e comprovou que "alguns desses países já estão revisando sua presença na Coreia do Norte" e "tomando outras medidas" para pressionar Pyongyang com o objetivo de que abandone seu programa nuclear, assegurou o subsecretário.

"A região está cada vez mais unificada a respeito deste assunto", garantiu Murphy.

O titular de Relações Exteriores dos EUA também falou com seus homólogos sobre as disputas territoriais no mar da China Meridional que vários membros da ASEAN mantêm com Pequim.

Tillerson fez um "apelo particular a todas as partes envolvidas para deter a militarização e a construção no mar da China Meridional enquanto continuam as negociações" sobre o litígio, para "dar uma oportunidade a essas conversas", segundo Murphy.

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