Secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew: "é crucial que a comunidade internacional, os bancos de desenvolvimento e parceiros bilaterais, tomem providências" (Saul Loeb/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de abril de 2014 às 14h42.
Washington - Os Estados Unidos pediram nesta sexta-feira à comunidade internacional para tomar "medidas imediatas" para completar a assistência prometida à Ucrânia pelo FMI e atender às "grandes necessidades de financiamento" daquele país.
"É crucial que a comunidade internacional, os bancos de desenvolvimento e parceiros bilaterais, tomem providências imediatas para (...) sustentar o programa do FMI de apoio financeiro", declarou o secretário do Tesouro americano, Jacob Lew, em discurso na assembleia-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), em Washington.
No final de março, o FMI estimou que a Ucrânia precisa de 27 bilhões de dólares em dois anos e aprovou um projeto de acordo para uma linha de crédito de 18 bilhões para o país evitar a falência.
Outros países e instituições, incluindo o Banco Mundial, concordaram em participar para completar a assistência do Fundo.
Os Estados Unidos se comprometeram em garantir empréstimos de até 1 bilhão de dólares, enquanto que os europeu injetariam na economia ucraniana 1,6 bilhão de euros em empréstimos e 600 milhões em ajuda.
"Esperamos que outros se comprometam para que não tenhamos que desembolsar 18 bilhões (de dólares)", explicou nesta sexta-feira o chefe do departamento europeu do FMI, Reza Moghadam, em coletiva de imprensa.
"Nós ainda estamos conversando com os credores bilaterais e multilaterais e temos tido algum sucesso", disse ele.
Também presente em Washington, o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, afirmou que, apesar de tudo, o FMI deve ser o "piloto" do plano de assistência internacional para a Ucrânia.