Mundo

EUA pedem governo de unidade no Iraque e descartam tropas

Secretário de Estado americano pediu ao premiê iraquiano a formação de um governo de unidade, e descartou envio de tropas ao país

John Kerry: "não voltaremos a enviar forças de combate ao Iraque" (Dan Himbrechts/AFP)

John Kerry: "não voltaremos a enviar forças de combate ao Iraque" (Dan Himbrechts/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2014 às 09h47.

Sydney - O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu nesta terça-feira ao novo primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi, a rápida formação de um governo de unidade nacional, e descartou o envio de tropas americanas ao Iraque.

"Apelamos pela formação de um novo governo o mais rápido possível. O governo dos Estados Unidos está disposto a apoiar um novo governo de união nacional, especialmente na luta contra o Estado Islâmico (EI)", disse o chefe da diplomacia americana a respeito da organização jihadista sunita que desde junho conquistou grande parte do país.

Washington respaldou a nomeação de Abadi no lugar de Nuri al-Maliki, questionado há vários meses por uma política considerada favorável aos xiitas e que teria provocado as divisões étnicas no Iraque.

"Sejamos claros: nós sempre desejamos um governo inclusivo que represente todos os iraquianos. Este é o objetivo", ressaltou Kerry durante uma visita à Austrália.

A aviação militar americana executou bombardeios contra posições do EI na região norte do Iraque, mas o país descarta o envio de tropas, segundo Kerry.

"Não voltaremos a enviar forças de combate ao Iraque. Este é um combate no qual devem entrar os iraquianos, em nome do Iraque", disse.

Durante a entrevista, Kerry também afirmou que os governos dos Estados Unidos e da Austrália levarão para a ONU a ameaça representada pelos jihadistas estrangeiros que combatem na Síria, Iraque e em outros lugares do mundo

O secretário de Estado americano também aproveitou a oportunidade para exigir que os responsáveis pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, no leste da Ucrânia, sejam levados à justiça.

"Afirmamos à Austrália e ao mundo que exigimos justiça por este crime inconcebível", disse.

O avião, que voava entre Amsterdã e Kuala Lumpur, foi derrubado em 17 de julho no leste da Ucrânia, o que provocou as mortes das 298 pessoas a bordo.

Os holandeses perderam 193 cidadãos e a Austrália 38 cidadãos ou residentes.

Os separatistas pró-Rússia que utilizam mísseis terra-ar foram apontados como responsáveis pela tragédia.

Os ocidentais acreditam que Moscou forneceu o armamento, o que é negado pelo governo russo, que por sua vez culpa a Ucrânia pela tragédia.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoEstados Unidos (EUA)IraqueJohn KerryPaíses ricosPolíticos

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA