Venezuela: a ONU abordará hoje em um encontro a portas fechadas a situação na Venezuela pela primeira vez desde o início da atual crise no país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 17 de maio de 2017 às 12h21.
Os Estados Unidos defenderam nesta quarta-feira nas Nações Unidas (ONU) a necessidade de trabalhar para que o governo venezuelano detenha a "violência" e a "opressão" e restaure "a democracia ao povo".
"Na Venezuela, estamos à margem de uma crise humanitária. Manifestantes pacíficos foram feridos, detidos e inclusive assassinados por seu próprio Governo. Os remédios não estão disponíveis, falta material nos hospitais e está cada vez mais difícil encontrar comida", disse a embaixadora americana perante a ONU, Nikki Haley, em um breve comunicado.
"Pelo bem dos venezuelanos, e pela segurança na região, devemos trabalhar juntos para assegurar que" o presidente Nicolás "Maduro detenha esta violência e opressão e restaure a democracia", defendeu Haley.
A pedido dos EUA, o Conselho de Segurança da ONU abordará hoje em um encontro a portas fechadas a situação na Venezuela pela primeira vez desde o início da atual crise no país.
Os membros do Conselho receberão um relatório sobre a situação elaborado pelo subsecretário geral para Assuntos Políticos das Nações Unidas, Miroslav Jenca, e terão um troca informal de opiniões, segundo fontes diplomáticas.
O Uruguai, que neste mês preside o órgão, não espera que da reunião saia nenhum resultado concreto, segundo disse aos jornalistas seu representante permanente adjunto, Luis Bermúdez.
Entre as questões que serão abordadas, segundo apontou, estará a de introduzir ou não o caso da Venezuela como um ponto regular na agenda do Conselho de Segurança.
"É um tema que requer algumas outras discussões adicionais. Consultas entre os membros, informais especialmente", disse Bermúdez.
O embaixador britânico, Matthew Rycroft, assegurou que seu país respalda a iniciativa dos Estados Unidos, pois está "muito preocupado com a situação na Venezuela, com o impacto humanitário nos venezuelanos, com o crescente risco de fluxos migratórios e com a possibilidade de instabilidade regional".