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EUA pede a Israel para distinguir combatentes do Hamas de civis em Gaza

Neste domingo, o presidente americano, Joe Biden, conversou com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu

Biden e Netanyahu (Brendan SMIALOWSKI / AFP/Getty Images)

Biden e Netanyahu (Brendan SMIALOWSKI / AFP/Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 29 de outubro de 2023 às 19h08.

Os Estados Unidos disseram, neste domingo (29), que Israel deve distinguir, em suas operações, entre militantes do grupo islamista Hamas e os civis palestinos, enquanto o exército israelense intensifica sua ofensiva na Faixa de Gaza.

"O que acreditamos é que, a cada hora, a cada dia desta operação militar, o governo israelense deveria tomar todas as medidas possíveis à sua disposição para distinguir entre o Hamas, os terroristas que são alvos militares legítimos, e os civis, que não são", disse o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, à CNN.

"Este é o conselho que lhes damos. Isto é o que transmitimos e continuamos fazendo no mais alto nível", acrescentou.

Neste domingo, o presidente americano, Joe Biden, conversou com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu.

Biden "destacou a necessidade de aumentar imediata e significativamente o fluxo de ajuda humanitária para atender às necessidades dos civis em Gaza", segundo a Casa Branca.

Diálogo constante

Os dois governantes conversam quase diariamente desde o início da guerra provocada após o ataque sangrento e sem precedentes do grupo Hamas, em 7 de outubro, em solo israelense, que deixou até o momento 1.400 mortos, principalmente civis, segundo as autoridades israelenses.

Em represália, o exército israelense bombardeia sem trégua a Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, e assedia este território densamente povoado, onde vivem 2,4 milhões de pessoas.

Mais de 8.000 palestinos, "a metade dos quais são crianças", morreram na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, informou no sábado o Ministério da Saúde em Gaza.

Segundo a nota da Casa Branca, em sua conversa com Netanyahu, "o presidente reiterou que Israel tem todo o direito e a responsabilidade de defender seus cidadãos do terrorismo e ressaltou a necessidade de fazê-lo de forma consistente com o direito internacional humanitário, que prioriza a proteção dos civis".

Também neste domingo, Biden falou sobre a proteção de vidas de civis em conversa por telefone com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, na qual os dois líderes "se comprometeram a acelerar e aumentar significativamente a ajuda que chega a Gaza a partir de hoje e, em seguida, de forma contínua", segundo a nota da Casa Branca.

"Operações seletivas"

Sullivan também disse à rede ABC que o Hamas estava fazendo "tudo o que está ao seu alcance para pôr as pessoas em perigo, para usá-las como escudos humanos".

No entanto, destacou que "cabe a Israel tomar as medidas necessárias para distinguir entre o Hamas, que não representa o povo palestino, e os civis palestinos inocentes".

Também disse que Israel deve priorizar as "operações seletivas".

Os Estados Unidos são o principal aliado de Israel, a quem fornece anualmente uma importante ajuda militar.

Em outras declarações dadas ao programa "Face the Nation", da rede CBS, Sullivan disse que funcionários americanos estão trabalhando para ajudar a garantir a libertação dos 230 reféns retidos em Gaza pelo Hamas, assim como para ajudar as centenas de palestinos americanos presos na região.

"Muitos deles ainda estão lá, esperando para sair, e estamos trabalhando ativamente para tentar que isto ocorra", disse Sullivan à CBS.

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