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EUA orientam que grávidas evitem o Brasil por surto de zika

Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA publica nota sobre os riscos do zika vírus e recomenda que grávidas adiem viagens ao Brasil


	EUA: Agência do Departamento de Saúde dos EUA destaca casos de microcefalia no Brasil
 (Thinkstock/Stocktrek Images)

EUA: Agência do Departamento de Saúde dos EUA destaca casos de microcefalia no Brasil (Thinkstock/Stocktrek Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de janeiro de 2016 às 10h33.

São Paulo – O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos recomendou a mulheres grávidas que adiem sua viagem ao Brasil e outras regiões que registram surtos de zika vírus.

A agência, que faz parte do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, publicou uma nota com o alerta na última sexta-feira, dia 15.

O comunicado também alerta mulheres que estão tentando engravidar, recomendando que elas consultem um médico para se informar sobre os riscos do zika vírus antes de viajar aos locais que registram casos de doenças relacionadas ao vírus. 

A agência explica que surtos de zika têm sido relatados em regiões da África, do Sudeste da Ásia, das ilhas do Pacífico e em países da América do Sul e afirma que, como as espécies do mosquito Aedes, que transmite o vírus zika, são encontrados em todo o mundo, é provável que os surtos se espalhem para outros países.

No último sábado (16), o Departamento de Saúde do Havaí confirmou que um bebê que nasceu com microcefalia no estado foi infectado pelo zika vírus. Segundo o órgão, a mãe pode ter contraído a doença quando visitou o Brasil, em maio de 2015.

Na nota divulgada, o CDC diz que em dezembro de 2015 Porto Rico, estado associado dos EUA, registrou seu primeiro caso confirmado de zika vírus e afirma que casos relacionados ao vírus não foram reportados em outros lugares dos Estados Unidos, mas têm sido relatados por viajantes que retornam ao país.

Veículos de mídia dos Estados Unidos, como o jornal The Wall Street Journal, têm reproduzido o comunicado do CDC para alertar mulheres grávidas sobre os riscos de viajar a países com surtos de zika.

O CDC destaca que o zika vírus é transmitido por picadas de mosquitos e os sintomas mais comuns são febre, erupção cutânea, dor nas articulações, e conjuntivite.

A agência diz que não existe vacina para prevenir o zika e que os viajantes podem se proteger contra a doença tomando medidas para evitar picadas de mosquito.

“Ao viajar para países onde o vírus zika ou outros vírus transmitidos por mosquitos têm sido relatados, use repelente de insetos, use camisetas de mangas compridas e calças, e permaneça em lugares com ar-condicionado ou que possuam janelas com telas”, diz a nota do CDC.

No comunicado publicado sobre o vírus, foram disponibilizadas cartilhas com informações sobre as formas de transmissão do zika vírus, dicas de prevenção e dados sobre os sintomas causados por doença associadas ao vírus.

Dentre essas cartilhas, uma explica especificamente os riscos do zika vírus na gravidez. É nesse documento que o órgão recomenda que mulheres grávidas evitem o Brasil e outras 13 regiões: Colômbia, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Suriname e Venezuela.

Na mesma cartilha, o CDC ressalta que o alerta decorre do registro de casos de microcefalia no Brasil e outras doenças verificadas em bebês de mulheres que contraíram o vírus na gravidez.

Confra quatro pontos para entender o surto de zika no país.


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