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EUA ordenam fechamento do consulado da Rússia em São Francisco

A medida responde à decisão da Rússia de reduzir em 755 pessoas o número de diplomatas e colaboradores americanos no país

Embaixada da Rússia em São Francisco: ambos países continuarão seu trabalho diplomático com o funcionamento de três consulados cada um (Stephen Lam/Reuters)

Embaixada da Rússia em São Francisco: ambos países continuarão seu trabalho diplomático com o funcionamento de três consulados cada um (Stephen Lam/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 15h38.

Washington - O governo dos Estados Unidos ordenou nesta quinta-feira o fechamento do consulado da Rússia em San Francisco e de dois anexos diplomáticos, um em Washington e outro em Nova York, antes do dia 2 de setembro, informou o Departamento de Estado americano em comunicado.

A medida responde à decisão do Kremlin tomada em julho de reduzir em 755 pessoas o número de diplomatas e colaboradores que trabalham na embaixada dos EUA em Moscou e nos consulados de São Petersburgo e outras cidades.

A Rússia definiu essa medida, que o governo americano deveria aplicar antes de 1º de setembro, para igualar a presença diplomática americana com o mesmo número do pessoal diplomático que o governo russo tem nos EUA.

"Os EUA aplicaram completamente a decisão do governo da Federação Russa para reduzir o tamanho da nossa missão na Rússia. Acreditamos que esta ação foi injustificada e prejudicial para a relação em geral entre os nossos países", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, no comunicado.

"Seguindo a paridade invocada pelos russos, requereremos que o governo russo feche seu consulado geral em San Francisco, um anexo da chancelaria em Washington e um anexo consular na cidade de Nova York. Estes fechamentos devem efetuar-se antes de 2 de setembro", salientou Nauert.

Com a medida adotada pelos EUA, ambos países continuarão seu trabalho diplomático com o funcionamento de três consulados cada um, segundo a nota.

"Ainda que seguirá havendo uma disparidade no número de diplomatas e anexos consulares, escolhemos permitir ao governo russo manter alguns dos seus anexos em um esforço para deter a espiral descendente da nossa relação", indicou a porta-voz.

"Os EUA esperam que, após avançar para o desejo de paridade da Federação Russa, possamos evitar mais ações de represália de ambas partes e avancemos para o logro do objetivo declarado de ambos presidentes: melhorar as relações entre nossos dois países e aumentar a cooperação em áreas de mútuo interesse", completou.

No entanto, segundo acrescentou, os EUA estão preparados "para adotar mais ações se for necessário e justificado".

A relação entre Washington e Moscou piorou desde a decisão russa de diminuir a presença diplomática americana na Rússia.

No último dia 2 de agosto, o presidente dos EUA, Donald Trump, promulgou contra sua vontade uma lei que impõe novas sanções contra a Rússia, ao salientar sua "preocupação" porque limita seu poder para suspender essa punição sem a aprovação do Congresso.

A lei, aprovada por uma folgada maioria bipartidária nas duas câmaras do Legislativo, contempla sanções que afetam a indústria petroleira e mineradora da Rússia por sua suposta ingerência nas eleições de 2016 nos EUA para prejudicar à democrata Hillary Clinton, derrotada por Trump.

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