Militares venezuelanos apoiam o governo de Nicolás Maduro (Agustin Marcarian/Reuters)
EFE
Publicado em 6 de fevereiro de 2019 às 20h09.
Washington - O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, ofereceu nesta quarta-feira a suspensão das sanções impostas aos generais e demais militares de alta patente que rompam com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
"Os EUA considerarão suspender as sanções de qualquer oficial militar venezuelano de alta patente que defenda a democracia e reconheça o presidente Juan Guaidó", disse Bolton no Twitter.
"Se não, o círculo financeiro internacional fechará sobre eles completamente. Tomem a decisão correta", completou o assessor.
The U.S. will consider sanctions off-ramps for any Venezuelan senior military officer that stands for democracy and recognizes the constitutional government of President Juan Guaido. If not, the international financial circle will be closed off completely. Make the right choice!
— John Bolton (@AmbJohnBolton) February 6, 2019
Os EUA aplicaram sanções contra vários militares venezuelanos, entre eles o tenente-genral do Exército, Gerardo José Izquierdo Torres, e o general de divisão da Guarda Nacional Bolivariana, Fabio Enrique Zavarse Pabón. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, também está nas listas de punidos do Departamento de Tesouro.
O governo dos EUA está há mais de uma semana pedindo que os militares venezuelanos rompam com Maduro e apoiem Guaidó, um movimento que a Casa Branca considera como crucial para que a transição democrática ocorra na Venezuela.
Na semana passada, Bolton falou que os militares venezuelanos de patentes mais baixas estão cientes das "desesperadas condições econômicas" do país e estão "buscando formas de apoiar o governo da Assembleia Nacional", que seria liderado por Guaidó.
Além disso, o presidente americano, Donald Trump, tem afirmado que "todas as opções estão sobre a mesa" caso Maduro não aceite entregar o poder para Guaidó.