Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Shannon Stapleton/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de setembro de 2017 às 11h18.
Última atualização em 23 de setembro de 2017 às 11h19.
Washington - A próxima versão da lei que proíbe entrada de turistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderia incluir restrições novas e personalizadas aos viajantes de um número maior de países.
O Departamento de Segurança Interna recomendou que o presidente imponha as novas e específicas restrições aos estrangeiros de países que se recusam a compartilhar informações suficientes com os EUA ou não tomaram as precauções de segurança necessárias. As restrições podem variar de acordo com o país, disseram autoridades.
A proibição de Trump sobre os visitantes de seis nações de maioria muçulmana, que provocou protestos e uma série de ações judiciais, expirou no último domingo, 90 dias após a entrada em vigor.
A Secretária de Segurança Interna, Elaine Duke, "recomendou ações difíceis e adaptadas, incluindo restrições e testes aprimorados para certos países", disse Miles Taylor, conselheiro de Duke, a jornalistas em uma teleconferência na sexta-feira.
Os funcionários se recusaram a dizer quantos e quais países podem ser afetados, insistindo que o presidente ainda não tomou uma decisão final sobre como proceder. Trump conversou com Duke, o procurador-geral Jeff Sessions, o secretário de Estado Rex Tillerson, seu diretor de inteligência nacional e seu assessor de segurança nacional na sexta-feira para discutir o assunto, disse a porta-voz da Casa Branca, Lindsay Walters.
Taylor relatou que as recomendações basearam-se na questão de saber se os países forneceram às autoridades dos EUA informações suficientes para validar a identidade dos potenciais imigrantes e visitantes, e determinar se eles representaram ou não uma ameaça. As recomendações foram relatadas pela primeira vez pelo jornal Wall Street Journal na sexta-feira.
A proibição anterior, que entrou em vigor no final de junho, impediu os cidadãos do Irã, da Líbia, da Somália, do Sudão, da Síria e do Iêmen, que não tinham uma "reivindicação com credibilidade de um relacionamento de boa-fé com uma pessoa ou entidade nos Estados Unidos". O Supremo Tribunal está programado para ouvir argumentos orais sobre a constitucionalidade da proibição no próximo mês.
Os funcionários descreveram o processo de elaborar as novas recomendações muito mais deliberadas e sistemáticas do que a ordem original de Trump, que foi assinada poucos dias depois de assumir o cargo, com pouca consulta ou discussão fora da Casa Branca.