Mundo

EUA negam ter retido informações sobre vazamento no Golfo

Após a explosão da plataforma da BP, a Casa Branca divulgou que volume de petróleo chegava a quase 100 mil barris diários, mas cientistas contestaram

Vazamento de petróleo no Golfo do México após a explosão da plataforma Deepwater Horizon (Arquivo/AFP)

Vazamento de petróleo no Golfo do México após a explosão da plataforma Deepwater Horizon (Arquivo/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

Washington - A Casa Branca negou hoje que tenha bloqueado informações sobre o verdadeiro alcance do vazamento de petróleo no Golfo do México.

Em declarações à imprensa, o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, afirmou que a sede do Governo sempre divulgou "as informações mais precisas e atualizadas" de que dispunha.

Após o início do vazamento, por causa da explosão da plataforma "Deepwater Horizon" em 20 de abril, a Casa Branca calculou inicialmente que o volume de petróleo derramado no mar era de cerca de mil barris diários.

Meses depois, cientistas afirmaram que o número ultrapassava 100 mil barris por dia.

Um relatório preliminar da comissão formada a pedido do presidente Barack Obama para investigar o acidente divulgado na quarta-feira acusa a Casa Branca de impedir que cientistas revelassem dados importantes sobre o vazamento.

"Ao subestimar o volume de petróleo" o Governo "deu a impressão de que não era muito competente para conter o vazamento ou de que não estava sendo totalmente transparente sobre o alcance do problema", revela o documento.

Gibbs afirmou que o relatório tem caráter "preliminar" e é "suscetível a mudanças", mas ressaltou que, desde o primeiro momento, a Casa Branca "revelou as piores possibilidades".

"Sempre fomos transparentes com as informações que recebíamos", declarou o porta-voz.

Segundo ele, os funcionários do Governo receberam "muitos cálculos diferentes" sobre o volume do vazamento, que variavam de acordo com a tecnologia utilizada para o cálculo.

Ele acrescentou que o Governo respondeu ao desastre da forma que pôde, já que o petróleo estava a 1,5 quilômetros de profundidade.

Leia mais notícias sobre a British Petroleum

Siga as notícias do site EXAME sobre Meio Ambiente e Energia no Twitter

Acompanhe tudo sobre:BPEmpresasEmpresas inglesasEnergiaEstados Unidos (EUA)Indústria do petróleoPaíses ricosPetróleo

Mais de Mundo

Mais de 20 estados processam governo Trump por cortes bilionários em financiamento de Saúde

Casa Branca diz que Trump está 'aperfeiçoando' plano de tarifas de amanhã

EUA condena manobras militares chinesas em Taiwan e pede paz na região

Governo brasileiro aguardará tarifaço dos EUA antes de tomar qualquer medida, diz Alckmin