"Esta é provavelmente uma ameaças mais específicas e com mais credibilidade que eu já vi, talvez desde o 11 de setembro de 2001, disse Michael McCaul (©AFP/Getty Images / Craig Allen)
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2013 às 17h05.
Washington - O chefe do Estado-Maior Conjunto das forças armadas dos EUA, general Martin Dempsey, disse que a suposta ameaça terrorista que levou o governo do país a fechar a maioria de suas embaixadas no Oriente Médio neste fim de semana é "mais específica" do que outras ameaças recentes, mas era dirigida "amplamente" contra interesses ocidentais, e não apenas os dos EUA.
Dempsey e vários congressistas norte-americanos apareceram nos programas de debates de domingo na televisão para falar sobre a suposta ameaça e defender os programas da Agência de Segurança Nacional (NSA) para espionar os usuários de telefones e de internet nos EUA e em todo o mundo.
"Há uma corrente significativa de ameaças, e estamos reagindo a ela. A ameaça veio de um ramo da Al Qaeda", disse Dempsey durante o programa "This Week", da rede ABC, referindo-se à organização terrorista que anos atrás era liderada por Osama bin Laden. Segundo o general, o alvo do ataque não foi especificado, mas o objetivo era claro. "A intenção é atacar interesses do Ocidente, e não só dos EUA", acrescentou.
Além de fechar temporariamente várias embaixadas, o governo do presidente Barack Obama emitiu um alerta de segurança sobre viagens internacionais válido para todo o mês de agosto. Altos funcionários do governo dos EUA disseram que estão especialmente focados no Iêmen, onde atua a Al Qaeda na Península Arábica.
"Esta é provavelmente uma ameaças mais específicas e com mais credibilidade que eu já vi, talvez desde o 11 de setembro de 2001", disse o deputado Michael McCaul (Partido Republicano/Texas), presidente do Comitê de Segurança Doméstica da Câmara. Falando ao programa "Face the Nation", da CBS, McCaul afirmou que a suposta ameaça é notável por causa do vínculo com a Al Qaeda na Península Arábica. "A especialidade deles é o uso de explosivos químicos contra o setor de aviação", acrescentou.
O deputado Peter King (Republicano/Nova York), membro do Comitê de Inteligência da Câmara, disse no programa "This Week" que a suposta ameaça "é muito específica em termos de ser enorme e em termos de quando aconteceria, mas não especificou quando será. E, vocês sabem, presume-se que ela provavelmente acontecerá no Oriente Médio, em uma das embaixadas ou perto delas, mas não há nenhuma garantia quanto a isso. Poderia, basicamente, ser na Europa, ou nos EUA; ou poderia ser uma série de ataques combinados".
Vários políticos entrevistados durante o fim de semana defenderam o programa de espionagem global da NSA, que provocou indignação em vários países. "O programa da NSA está mostrando seu valor novamente", disse o senador Lindsay Graham (Democrata/Carolina do Sul) no programa "State of te Union", da CNN. As informações são da Dow Jones.