Obama: os Estados Unidos "não se deixarão intimidar" pela execução do jornalista, disse (Larry Downing/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 20h58.
Washington - A Casa Branca prometeu hoje (3) intensificar a luta contra o Estado Islâmico - grupo extremista mulçumano - que atua na Síria e no Iraque, após a confirmação da autenticidade do vídeo que exibe a decapitação do jornalista americano Steve Sotloff, 31 anos, pelo grupo.
O presidente norte-americano, Barack Obama, disse que os Estados Unidos "não se deixarão intimidar" pela execução do jornalista, o segundo profissional decapitado pelo Estado Islâmico em menos de um mês.
"Não nos deixaremos intimidar, mas sabemos que neutralizar o grupo [Estado Islâmico], vai levar tempo", disse Obama durante uma conferência da imprensa hoje em Tallin, capital da Estônia.
Em tom mais duro, o vice-presidente americano, Joe Biden, disse que os Estados Unidos continuará a perseguição ao grupo.
"O Estado Islâmico deveria saber que nós vamos persegui-los até a porta do inferno para fazer justiça pelos crimes que eles cometeram", disse, em declarações veiculadas pelas TVs americanas, durante uma audiência do Partido Democrata em New Hampshire.
A autenticidade do vídeo foi confirmada hoje pelo Conselho de Segurança Nacional americano.
No material divulgado ontem (2), o jornalista Stepen Sotloff é decapitado do mesmo modo que o também jornalista americano James Foley, que teve a decapitação divulgada pelo Estado Islâmico há duas semanas.
Nos dois vídeos veiculados, a organização ameaça os Estados Unidos e exige que o país "deixe de atacar" o Estado Islâmico no território iraquiano.
Após a divulgação do material, a União Europeia (UE) também demonstrou apoio à luta contra o Estado Islâmico.
"O vil assassinato do jornalista americano Steven Sotloff é uma nova demonstração do Estado Islâmico para continuar e estender sua estratégia de terror", declarou em um comunicado divulgado hoje.
Ontem, antes da confirmação da veracidade do material, o presidente francês, François Hollande, também deu declarações sobre o vídeo.
"Este ato bárbaro revela a natureza desprezível do Estado Islâmico”, disse.