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EUA não prevê cooperação com Rússia sobre refugiados na Síria

Secretário Mike Pompeo confirmou que tema foi analisado no encontro entre presidentes dos dois países, mas secretário da Defesa descarta possível cooperação

Trump e Putin: após reunião de presidentes, Moscou havia indicado a possibilidade de Washington cooperar com o regresso dos refugiados à Síria (Leonhard Foeger/Reuters)

Trump e Putin: após reunião de presidentes, Moscou havia indicado a possibilidade de Washington cooperar com o regresso dos refugiados à Síria (Leonhard Foeger/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de julho de 2018 às 20h47.

O secretário americano de Defesa, Jim Mattis, revelou nesta terça-feira que não haverá cooperação com as forças russas na Síria sobre o tema dos refugiados, ao menos por agora.

Após a reunião da semana passada entre os líderes Donald Trump e Vladimir Putin, Moscou havia indicado a possibilidade de Washington cooperar com o regresso dos refugiados à Síria.

O secretário americano de Estado, Mike Pompeo, confirmou nesta sexta-feira que o tema foi analisado no encontro entre os dois presidentes, mas funcionários da Defesa descartam a possível cooperação com a Rússia na Síria, onde os dois países desenvolvem diferentes campanhas militares.

Não apenas porque uma ação como esta exigiria uma permissão especial do Congresso, mas também porque o Pentágono responsabiliza a Rússia por várias mortes de civis e por contribuir com as condições que provocaram os fluxos de refugiados da Síria.

No momento, a única coordenação entre a coalizão dirigida pelos Estados Unidos e a Rússia na Síria é uma linha direta para garantir que não haja acidentes entre suas operações militares.

"Não faremos nada até que o secretário de Estado e o presidente resolvam em que ponto começaremos a trabalhar, junto a nossos aliados, com a Rússia no futuro", declarou Mattis em entrevista coletiva na Califórnia.

"Isto ainda não ocorreu e seria prematuro entrar em detalhes (...)", concluiu Mattis.

O general Joe Votel, comandante das operações militares dos Estados Unidos na Síria, declarou nesta terça-feira que não recebeu novas ordens para trabalhar com os russos a partir da cúpula entre Trump e Putin.

Nos Estados Unidos, o Congresso aprovou uma lei que proíbe a cooperação militar com Moscou devido à anexação russa da Crimeia, em 2014.

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