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EUA não impõem prazo ao Irã por programa nuclear

A imposição não foi feita apesar dos apelos de Israel neste sentido


	Secretária de Estado, Hillary Clinton: "acreditamos na negociação, nos esforços diplomáticos"
 (Jim Watson/AFP)

Secretária de Estado, Hillary Clinton: "acreditamos na negociação, nos esforços diplomáticos" (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2012 às 17h46.

Washington - Os Estados Unidos não fixaram um prazo ao Irã para que ponha fim ao seu programa nuclear, declarou a secretária de Estado, Hillary Clinton, apesar dos apelos de Israel neste sentido, que ficaram mais claros após declarações do primeiro-ministro israelense.

"Não estabelecemos um prazo. Observamos muito atentamente o que fazem (os iranianos), já que seus atos sempre dizem mais do que suas palavras", declarou Hillary durante uma entrevista concedida à Bloomberg Radio, divulgada nesta segunda-feira pelo Departamento de Estado.

Simultaneamente, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarava à rede canadense CBC que Israel e Estados Unidos discutiam a necessidade de definir "linhas vermelhas claras" que o programa nuclear do Irã não deveria poder cruzar.

O primeiro-ministro israelense multiplicou recentemente seus apelos à comunidade internacional, e em particular ao seu aliado americano, para que fixem uma "linha vermelha" para o regime iraniano, como uma prova de firmeza, a única capaz, segundo ele, de afastar a ameaça de um ataque preventivo contra as instalações nucleares iranianas mencionada em diversas ocasiões por Israel.

Washington se negou a estabelecer um limite a Teerã e dá prioridade à diplomacia e às sanções econômicas. A Casa Branca havia advertido, no entanto, no final de agosto que o tempo da diplomacia não é indefinido.

"Sempre dissemos que todas as opções estavam sobre a mesa, mas acreditamos na negociação, nos esforços diplomáticos", ressaltou Clinton.

"Nossa mensagem tem sido muito clara e os israelenses nos apoiaram durante estes últimos três anos e meio: devemos impor as sanções mais fortes, através da comunidade internacional ou de maneira unilateral, através dos Estados Unidos, da UE. E (os israelenses) realmente reconheceram, em todas as nossas conversas, que essas sanções faziam a diferença", acrescentou a secretária de Estado.

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