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EUA não estão perdendo guerra contra EI, diz Obama

O presidente americano declarou que o país não está perdendo a guerra contra o grupo jihadista, mas reconheceu que é preciso intensificar treinamento


	O presidente americano Barack Obama: "não acho que estejamos perdendo (a guerra contra o EI), mas não há dúvidas de que houve um revés tático"
 (Mandel Ngan/AFP)

O presidente americano Barack Obama: "não acho que estejamos perdendo (a guerra contra o EI), mas não há dúvidas de que houve um revés tático" (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 17h14.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou em entrevista publicada nesta quinta-feira que o país não está perdendo a guerra contra o Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria, mas reconheceu que é necessário intensificar o treinamento de milícias sunitas em algumas regiões para apoiar as forças iraquianas.

"Não acho que estejamos perdendo (a guerra contra o EI), mas não há dúvidas de que houve um revés tático (com a perda recente da cidade iraquiana de Ramadi). Ramadi foi vulnerável durante muito tempo, principalmente porque as forças de segurança iraquianas não foram treinadas por nós", disse à revista "The Atlantic".

O líder americano reconheceu que é necessário melhorar o apoio a regiões iraquianas de maioria sunita, como Ramadi, capital da província de Al Anbar.

"O treinamento das forças de segurança iraquianas, os redutos, os sistemas de controle e comando não estão sendo colocados em prática na velocidade necessária em Al Anbar, nas regiões sunitas do país", explicou.

A minoria sunita do Iraque tem profundos receios, não apenas sobre as forças armadas iraquianas, dominadas por comandantes xiitas, mas especialmente em relação a milícias xiitas apoiadas pelo Irã que foram importantes para expulsar o EI de outras cidades, como Tikrit.

Enquanto isso, a coalizão internacional liderada pelos EUA bombardeiam há meses uma região que vai desde o noroeste da Síria aos arredores de Bagdá. Obama negou novamente nesta quinta-feira que contemple o envio de tropas de terra ao Iraque.

"A questão é: Como encontramos parceiros efetivos para governar essas partes do Iraque que são ingovernáveis e derrotamos o EI tanto no Iraque como na Síria?", indagou.

A Casa Branca passou a ser alvo de duras críticas depois que o EI expulsou o exército sírio fiel a Bashar al Assad da cidade de Palmira, dando aos jihadistas o controle de mais da metade do território sírio.

Em uma audiência do Comitê das Forças Armadas do Senado americano, vários analistas concordaram nesta quinta-feira, após perguntas dos legisladores, que a estratégia dos Estados Unidos na Síria e no Iraque "está condenada ao fracasso" do jeito que está planejada.

"Não há possibilidade alguma de sucesso com a estratégia atual", explicou o general reformado John Keane, que disse que há problemas de liderança na rede de comando americana para elaborar uma estratégia que deixe o EI sem liberdade de movimentos.

"Pode ser que agora os Estados Unidos não estejam interessados na guerra (após saírem do Iraque e do Afeganistão), mas a guerra tem interesse em nós", explicou Frederick Kagan, analista do centro de estudos American Enterprise Institute.

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