Steven Mnuchin: secretário do Tesouro dos Estados Unidos (Jonathan Ernst/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 11h27.
Washington - Sob críticas de congressistas democratas, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, defendeu a sua proposta de remover a gigante do alumínio russa Rusal da lista negra do governo como evidência de uma estratégia de sanções bem-sucedida.
Mnuchin informou legisladores da Câmara de Representantes ontem sobre o plano do Departamento do Tesouro de tirar da lista de alvos de sanções a Rusal e duas outras companhias pertencentes a Oleg Deripaska, um aliado do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Diversos parlamentares questionaram o plano, críticos em relação aos termos que ele dizem manter a segunda maior produtora de alumínio do mundo sob controle do Kremlin. Os congressistas protocolaram resoluções para rejeitar a proposta de Mnuchin.
O secretário do Tesouro, que também enfrenta pressão de aliados europeus para cortar a Rusal da lista negra, reiterou que o plano mantém Deripaska na lista negra do Tesouro ao mesmo tempo em que requer que ele desinvista a sua fatia majoritária na holding que controla a Rusal, o EN+ Group, e em uma outra companhia de energia russa.
"Um dos objetivos das sanções é mudar comportamento, e proposta para excluir da lista as companhias que Deripaska não mais controlará mostra que sanções podem resultar em mudança positiva", argumentou Mnuchin.
Depois, Mnuchin disse que daria mais tempo aos legisladores para revisar o acordo. Mas não está claro se os aliados republicanos do presidente Donald Trump, que têm a maioria dos assentos no Senado, permitirão aos democratas rejeitarem a proposta do secretário antes do prazo definido de 18 de janeiro.