Combatentes islamitas shebab perto de Mogadíscio, na Somália (Mustafa Abdi/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2014 às 14h36.
Washington - O chefe dos islamitas shebab, Ahmed Abdi "Godane", morreu em um ataque aéreo do exército americano na segunda-feira passada, anunciou a Casa Branca nesta sexta-feira.
A morte de Godane "é uma perda maior do ponto de vista simbólico e operacional para a mais importante das facções da Al Qaeda", enfatiza o comunicado da administração Barack Obama.
A Casa Branca assinalou que a operação foi "o resultado de anos de trabalho dos serviços de inteligência, do exército e das forças de manutenção da ordem".
A aviação americana bombardeou na madrugada de terça-feira uma área onde estavam reunidos vários comandantes dos islamitas somalis shebab, incluindo o líder supremo do grupo, Ahmed Abdi "Godan".
A área atacada era um importante refúgio dos shebab e um campo de treinamento para os terroristas.
Abu-Zubeyr é um dos muitos apelidos e nomes de guerra de "Godan".
O governo dos Estados Unidos anunciou uma recompensa de sete milhões de dólares por Godan, de 37 anos, uma das 10 pessoas mais procuradas no mundo por Washington por atividades terroristas.
Godan procede do clã Isaq de Somalilandia (norte), estudou no Paquistão e fontes de inteligência acreditam que recebeu treinamento em armas no Afeganistão. Dentro dos shebab é um dos partidários da "jihad mundial" e faz oposição aos defensores de uma ideologia nacionalista somali.
Desde agosto de 2011, os shebab foram expulsos de Mogadíscio e da maior parte parte de seus redutos do sul e centro da Somália.
Mas ainda controlam amplas zonas rurais e combatem o governo com técnicas de guerrilha, sobretudo em Mogadíscio, onde já atacaram a sede da presidência e o Parlamento.