EI: os americanos não vão parar de combater o grupo jihadista (Khalid al Mousily/Reuters)
EFE
Publicado em 25 de julho de 2017 às 12h41.
Beirute - Rebeldes confirmaram nesta terça-feira que os Estados Unidos só retirarão uma parte do seu apoio à oposição armada da Síria, pois continuará oferecendo respaldo em operações contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e inclusive contra o governo de Damasco.
O porta-voz do Exército Asuad al Sharquia, Saad al Hach, explicou à Agência Efe por telefone que até agora o apoio americano se dividiu em dois: "Um que está dentro da sala MOC (siglas em inglês do Centro de Operação Militar), como é chamado o programa da CIA, de apoio logístico".
O outro, acrescentou Hach, é oferecido pelo Pentágono e consistente em cobertura aérea, armamento, uniforme e liderança.
"O apoio da CIA permite lutar contra o regime e o EI e não há distinção, mas o do Pentágono está condicionado a não lutar contra o regime e se opõe fortemente a isso", destacou.
O Exército Asuad al Sharquia é respaldado pelo MOC e enfrenta o EI em áreas desérticas do leste do território sírio, mas nos últimos meses também enfrentou efetivos governamentais.
Por sua vez, o porta-voz das Forças de Elite da Síria, Mohamed Jaled Shaker, apontou à Efe que a decisão dos EUA não afeta os grupos da operação "Ira do Eufrates", como é chamada a ofensiva contra o EI na província de Raqqa.
No último dia 19 de julho, o jornal "The Washington Post" informou que o presidente dos americano, Donald Trump, tinha decidido suspender um programa da CIA dedicado a armar e treinar as tropas dos rebeldes na Síria.
Ontem à noite, Trump respondeu no Twitter afirmando que o "The Washington Post" inventou "o fim dos pagamentos massivos, perigosos e inúteis aos rebeldes que lutam contra (Bashar) Al Assad", atestando de forma indireta a existência do programa da CIA.