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EUA mantém possibilidade de retirada total do Afeganistão

Porta-voz da Casa Branca disse que se não for concluído em breve tratado de segurança com governo afegão, os EUA começarão "a planejar um futuro após 2014"


	Jay Carney: Carney se negou a dar mais detalhes das discussões que estão acontecendo no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Jay Carney: Carney se negou a dar mais detalhes das discussões que estão acontecendo no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 19h35.

Washington - O Governo americano indicou nesta quarta-feira que mantém aberta a possibilidade de não deixar nenhum soldado no Afeganistão após o fim da missão da Otan, no fim de 2014, especialmente se persistirem as diferenças com o país asiático.

Em entrevista coletiva, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que se não for concluído em breve o tratado de segurança com o governo afegão, os Estados Unidos começarão "a planejar um futuro após 2014".

Fontes do Pentágono apontaram hoje que o Departamento de Defesa propôs a Casa Branca que o número de tropas recomendáveis após o fim da missão da Aliança Atlântica no Afeganistão (Isaf) seja de 10 mil soldados, e caso a ideia seja manter número menor, o conselho é para que a retirada seja total.

A tropa seria o ponto médio entre os 8 e 12 mil que é o considerado ideal para o país, que forneceria o maior número de militares.

Segundo o Pentágono, menos de 10 mil homens não seriam suficientes para garantir proteção aos diplomatas, funcionários de inteligência, entre outros.

A análise do Pentágono é respaldada pelo Departamento de Estado, que será o órgão com mais funcionários trabalhando no Afeganistão após a retirada militar no fim de 2014.

Carney se negou a dar mais detalhes das discussões que estão acontecendo no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca sobre a presença militar após o fim da missão da Isaf, que conta com 38 mil soldados americanos e 19 mil de outros países.

O porta-voz da Casa Branca lembrou que o presidente Barack Obama e sua equipe acham que um futuro sem a presença militar não é bom para o Afeganistão.

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