Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA: pedidos dos rebeldes serão levados a sério (Olivier Douliery-Pool/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2011 às 13h45.
Paris - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, manteve em Paris o primeiro contato de alto nível do Governo dos Estados Unidos com um representante do Conselho Nacional de Transição da Líbia (CNTL), no qual mencionou a possibilidade de oferecer ajuda política e econômica.
Fontes diplomáticas americanas informaram nesta terça-feira à Agência Efe que o encontro entre Hillary e o responsável de assuntos internacionais do CNTL, Mahmoud Jibril, foi realizado na noite de segunda-feira em um hotel da capital francesa, foi positivo, mas terminou sem o fechamento de um compromisso.
As fontes precisaram que, apesar de não reconhecerem o CNTL como um "Governo no exílio" nem como o novo interlocutor legítimo, "as reivindicações realizadas por seu representante são levadas a sério".
O Governo americano, no entanto, considera que o CNTL atuou "de maneira séria" e está sendo "inclusivo" em sua organização em nível local e nacional.
A reunião abordou a maneira em que as autoridades americanas podem ajudar à população líbia em seus esforços contra o regime de Muammar Kadafi e "todas as opções", incluindo uma intervenção militar, se mantiveram abertas.
A chefe da diplomacia americana, apesar disso, deixou claro que não vai atuar sem a aprovação da Liga Árabe e do resto de países da região, acrescentaram as fontes.
A necessidade de atuar de acordo com o resto de nações da zona também foi destacada pelos ministros de Exteriores do Grupo dos Oito (G8, bloco de país ricos), que concluíram nesta terça-feira em Paris durante uma cúpula na qual apostaram para que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aumente sua pressão para que Kadafi saia do poder.
Hillary, que assistiu na noite de segunda-feira ao começo da reunião do G8, viajou nesta manhã rumo ao Egito para colocar-se em contato com os máximos responsáveis desse país, na primeira visita de um alto representante dos EUA após a renúncia de Hosni Mubarak.