O presidente Barack Obama durante homenagens às vítimas do 11 de setembro (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2014 às 14h05.
Nova York - Os Estados Unidos lembraram nesta quinta-feira o 13º aniversário dos atentados de 11 de setembro com cerimônias em Nova York, Pensilvânia e Washington, horas após o presidente Barack Obama anunciar ataques aéreos na Síria para destruir o Estado Islâmico.
"Mantivemos vivo um amor que nenhum ato de terrorismo pode extinguir. Seguimos adiante porque como americanos não cederemos ao medo. Nunca", disse Obama aos familiares das vítimas do Pentágono em Washington, um dos cenários dos ataques de 11 de setembro.
"Como americanos, tiramos forças de vocês, porque seu amor é a resposta máxima ao ódio daqueles que nos atacaram naquela manhã azul e radiante", acrescentou o presidente.
Obama, sua esposa Michelle e o vice-presidente Joe Biden fizeram um momento de silêncio na Casa Branca em Washington às 08h46 (09h46 de Brasília), hora exata em que o primeiro avião sequestrado por terroristas se chocou contra uma das torres do World Trade Center (WTC) em Manhattan, no dia 11 de setembro de 2001.
Cerca de 3.000 pessoas faleceram nos ataques com dois aviões que provocaram o desabamento das Torres Gêmeas de Nova York. Uma terceira aeronave caiu no Pentágono, em Washington, e uma quarta caiu em Shanksville (Pensilvânia, leste), depois que os passageiros e a tripulação se rebelaram contra os sequestradores.
Em Nova York, o ato foi realizado pelo terceiro ano no National September 11 Memorial Plaza, inaugurado em 2011 onde se erguiam as Torres Gêmeas, com a novidade principal de um novo prefeito na cidade, Bill de Blasio, substituindo Michael Bloomberg, que havia liderado todas as cerimônias desde 2002.
Em uma manhã nublada e de temperatura agradável, os familiares das vítimas leram em ordem alfabética os nomes das 2.983 pessoas falecidas nos ataques de 2001 e no atentado contra o WTC em 1993, com o prédio arborizado e as duas fontes pretas construídas nas fundações das torres como marco.
No total, foram feitos seis minutos de silêncio, dois deles na hora exata em que as torres desabaram.
Resposta ao Estado Islâmico
O secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, presente em Nova York, destacou "a importância de não baixar a guarda" diante da ameaça terrorista nos Estados Unidos, recordando o ataque na maratona de Boston (Massachusetts, nordeste) que deixou três mortos e 264 feridos em abril do ano passado.
"Desde 11 de setembro sabemos que nossa segurança interior pode ser destruída em um instante", afirmou.
O novo aniversário dos atentados ocorre logo depois do anúncio de Obama de que seu governo estava pronto para lançar ataques aéreos contra o Estado Islâmico (EI) na Síria, colocando-se à frente de uma "ampla coalizão internacional" para destruir este grupo armado radical.
Os ataques do 11 de setembro provocaram a invasão do Afeganistão por parte de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos para desalojar o regime talibã, que havia oferecido refúgio ao líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden.
Dois anos mais tarde, em 2003, os americanos lançaram outra guerra, dessa vez contra o Iraque, acusando o então presidente deste país, Saddam Hussein, de ocultar armas de destruição em massa.
Bin Laden foi eliminado por forças especiais americanas em uma operação secreta em maio de 2011 no Paquistão.