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Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2013 às 17h48.
Adrian Lamo, o hacker que disse às autoridades que Bradley Manning estava fornecendo informações para o WikiLeaks declarou nesta terça-feira ao exército, que o soldado dos EUA nunca disse que queria ajudar o inimigo durante os seus bate-papos online.
Manning está sendo julgado por fornecer centenas de milhares de documentos para o WikiLeaks, no maior vazamento de material secreto na História dos EUA.
Ele se declarou culpado das acusações que poderão resultar em uma pena de 20 anos de prisão, mas o Exército instaurou uma corte marcial sobre acusações mais graves, incluindo ajuda ao inimigo. Essa última pode acarretar prisão perpétua.
O material que o WikiLeaks começou a publicar em 2010 documentava reclamações sobre abusos contra prisioneiros iraquianos, uma contagem dos EUA de mortes de civis no Iraque e o fraco apoio americano ao governo da Tunísia - uma revelação que, segundo os defensores de Manning, deu o gatilho para os levantes pró-democracia no Oriente Médio, conhecidos como Primavera Árabe.
Lamo afirmou que começou a conversar online com Manning em 20 de maio de 2010, e alertou no dia seguinte órgãos de Justiça sobre o conteúdo das mensagens do soldado, incluindo a menção do fundador do WikiLeaks Julian Assange. Ele disse que continuou a conversar com Manning online e fora da Internet por mais seis dias depois da denúncia.
Em uma investigação cruzada, Lamo disse que Manning nunca disse que queria ajudar o inimigo e não expressou deslealdade à América. "Em algum momento Manning disse que queria ajudar o inimigo?"
Pergunto o advogado de defesa, David Coombs. Lamo responde: "Não, com essas palavras não", respondeu Lamo.
O caso é o processo de perfil mais alto para o governo Obama, que tem sido criticado por sua reposta contra vazamentos de informação.
Fonte: Associated Press.