Imigrantes sem documento atravessam fronteira entre os EUA e o México: nos últimos sete anos, o número de policiais nas fronteiras dos Estados Unidos praticamente duplicou (John Moore/AFP)
Da Redação
Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 07h48.
Brasília - O governo dos Estados Unidos gastou, em 2012, mais 24% nas agências responsáveis pelo cumprimento das leis de imigração e na vigilância de fronteiras do que no restante dos organismos federais encarregados de combater o crime. Os dados estão em um relatório do Instituto de Política Migratória. Desde 1990, mais de 4 milhões de estrangeiros, grande parte em situação irregular, foram deportados. Em 1990, foram 30 mil deportados e, em 2011, 400 mil.
O relatório indica que no ano passado os Estados Unidos gastaram cerca de US$ 18 bilhões em medidas policiais contra a imigração ilegal, mais 24% do que o valor utilizado pelas agências policiais federais, incluindo o FBI, o departamento federal de investigação, a Direção Antidroga (DEA) e os serviços secretos.
O relatório, de 182 páginas, foi divulgado no momento em que a administração do presidente norte-americano, Barack Obama, e o Congresso debatem uma eventual reforma migratória para regularizar a situação de cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais que estão no país.
De acordo com o documento, os recursos foram aplicados em departamentos aduaneiros, na proteção fronteiriça, de imigração e em programa do Departamento de Segurança Nacional, como a coleta de impressões digitais e de dados dos estrangeiros que visitam o país.
O governo norte-americano gastou ainda US$ 14,4 bilhões nas demais agências federais encarregadas de combater a criminalidade, como o FBI, o DEA, os serviços secretos e o Departamento de Controle do Álcool, Tabaco e Armas de Fogo.
Em 1986, o governo norte-americano promoveu a chamada anistia para os imigrantes sem documentos. Em 26 anos, foram gastos aproximadamente US$ 186,8 bilhões em medidas policiais contra a imigração ilegal. Nos últimos sete anos, o número de policiais nas fronteiras dos Estados Unidos praticamente duplicou, segundo o documento, para 21.370 homens. Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.