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EUA frustraram ataque contra metrô de NY e Times Square em 2016

Um dos acusados comprou materiais para fabricar bombas e alugou um local para guardar os explosivos, foi preso em maio de 2016 em Nova Jersey

Time Square: um agente disfarçado do FBI convenceu os acusados de que era um simpatizante do EI pronto para realizar os ataques com eles (Foto/Thinkstock)

Time Square: um agente disfarçado do FBI convenceu os acusados de que era um simpatizante do EI pronto para realizar os ataques com eles (Foto/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 21h32.

Ataques no metrô de Nova York, na Times Square e em shows: a Justiça americana anunciou nesta sexta-feira que conseguiu a prisão de três homens que planejavam atacar estes alvos durante o verão de 2016 no hemisfério norte.

Um dos acusados, o canadense Abdulrahman El Bahnasawy, de 19 anos, que comprou materiais para fabricar bombas e alugou um local para guardar os explosivos, foi preso em maio de 2016 em Nova Jersey, informou o tribunal do distrito sul de Manhattan em comunicado.

El Bahnasawy se declarou culpado de crimes de terrorismo, espera sua sentença e poderia ser condenado à prisão perpétua.

Talha Haroon, um cidadão americano de 19 anos baseado no Paquistão, planejava viajar para Nova York e realizar os ataques com El Bahnasawy, e foi preso em setembro de 2016 no Paquistão, de onde pode ser extraditado para os Estados Unidos.

Os dois suspeitos se comunicavam por meio de aplicativos em seus telefones e queriam realizar os atentados no mês do Ramadã, entre o início de junho e julho de 2016, em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Mas um agente disfarçado do FBI (a Polícia Federal americana) convenceu os acusados de que era um simpatizante do EI pronto para realizar os ataques com eles, e as autoridades o prenderam antes que pudesse concretizar os seus planos.

"Estes americanos precisam de um ataque", disse El Bahnasawy ao agente disfarçado, e lhe contou que desejava "criar o próximo 11 de setembro", em referência aos atentados terroristas que deixaram quase 3.000 mortos em 2001, os mais mortais da história do país. Haroon lhe disse que esperava "causar grande destruição aos sujos ímpios".

El Bahnasawy e Haroon declararam a sua lealdade ao EI em comunicações eletrônicas com o agente do FBI, e lhe expressaram o seu interesse de cometer atentados em Paris e Bruxelas.

O canadense também disse aos agente do FBI que estava em contato com uma filial do EI no Paquistão para conseguir uma autorização para os ataques em Nova York.

Um terceiro suspeito, Russell Salic, um filipino de 37 anos, é acusado de financiar o plano por meio do envio de pouco mais de 400 dólares aos Estados Unidos através do agente disfarçado, e foi preso em abril nas Filipinas, de onde a Justiça busca extraditá-lo.

Outro suspeito de cometer dois atentados em Nova York e em Nova Jersey em setembro de 2016, Ahmad Rahimi, irá a julgamento.

Apenas uma das três bombas instaladas explodiu, causando pânico no bairro nova-iorquino de Chelsea e deixando 31 feridos leves.

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