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EUA falam em erro ao concluir investigação sobre torturas

Um comitê do Senado americano considerou que o uso de "técnicas de interrogatório violentas" pela CIA foi um "erro terrível"


	Homem caminha na sede da CIA: os senadores da comissão aprovaram por nove votos a seis o relatório de 6.000 páginas, examinando os casos de cada um dos presos da CIA
 (Saul Loeb/AFP)

Homem caminha na sede da CIA: os senadores da comissão aprovaram por nove votos a seis o relatório de 6.000 páginas, examinando os casos de cada um dos presos da CIA (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 09h17.

Washington - Depois de três anos e meio de investigações, um comitê do Senado americano considerou que o uso de "técnicas de interrogatório violentas" foi um "erro terrível", anunciou sua presidente esta quinta-feira.

O informe e suas 20 conclusões são, no entanto, confidenciais e devem ser considerados pelos encarregados do governo de Barack Obama antes de uma possível divulgação, dentro de vários meses.

"Acredito firmemente que a criação de 'locais clandestinos' de longo prazo e o uso das chamadas 'técnicas de interrogatório intensificadas' foram erros terríveis", disse Dianne Feinstein, presidente do Comitê de Informação, depois de uma reunião a portas fechadas. "A maioria da comissão está de acordo" com isto, acrescentou.

A poderosa senadora democrata também considerou, em nível pessoal, mas com base no relatório da investigação, que o uso destas técnicas, especialmente a da simulação de afogamento em tonéis de água, não levou à informação que permitiu localizar o líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, morto no Paquistão em 2013 durante uma incursão de comandos americanos.

No entanto, isto está em uma cena de tortura que aparece no início de "Dark Zero Thirty", novo filme da cineasta Kathryn Bigelow, que conta a caçada ao líder da Al-Qaeda pela CIA.

Segundo o filme, as pistas foram obtidas com a tortura a suspeitos. O filme estreou este mês nos cinemas americanos e despertou um grande interesse no país, pois a diretora teve acesso a funcionários da administração Obama.

Os senadores da comissão aprovaram por nove votos a seis o relatório de 6.000 páginas, examinando os casos de cada um dos presos da CIA, "as condições sob as quais ocorreram, como foram entrevistados, a informação que efetivamente deram", destacou Feinstein.

Todos os republicanos da comissão, com exceção de um, votaram contra a adoção do texto, demonstrando a polêmica que continua cercando este tipo de interrogatório.

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