O objetivo de tal pacto seria evitar a extradição do ex-hacker, que está preso há cinco anos na prisão de segurança máxima de Belmarsh, nos arredores de Londres (Jack Taylor/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 21 de março de 2024 às 17h01.
Última atualização em 21 de março de 2024 às 17h08.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está estudando a possibilidade de reduzir as acusações contra Julian Assange em troca da admissão de culpa pelo cofundador do WikiLeaks, de acordo com o jornal The Wall Street Journal, que não especifica as fontes da informação além de defini-las como "pessoas familiarizadas com o assunto".
O objetivo de tal pacto seria evitar a extradição do ex-hacker, que está preso há cinco anos na prisão de segurança máxima de Belmarsh, nos arredores de Londres.
O governo do presidente Joe Biden está mantendo uma acusação formal contra Assange apresentada por seu antecessor, Donald Trump, por 17 acusações de crimes da Lei de Espionagem e uma acusação de invasão de computador.
O editor australiano pode pegar até 175 anos de prisão por ter vazado mais de 250 mil documentos confidenciais do Departamento de Estado dos EUA em novembro de 2010. O El País foi um dos meios de comunicação envolvidos no esforço conjunto para publicar os documentos.
O advogado que representa o editor nos EUA, Barry J. Pollack, respondeu à reportagem do jornal com uma declaração concisa:
"Não é apropriado que os advogados do Sr. Assange comentem enquanto seu caso ainda está pendente no Tribunal Superior de Justiça [da Inglaterra e do País de Gales], a não ser para dizer que não recebemos nenhuma indicação de que o Departamento de Justiça [dos EUA] pretenda resolver o caso. Os EUA continuam determinados como sempre a buscar a extradição com base em 18 delitos e a forçá-lo a enfrentar 175 anos de prisão."