(Brendan Mcdermid/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de janeiro de 2022 às 15h01.
Última atualização em 28 de janeiro de 2022 às 15h16.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estuda as sanções econômicas que pode impor contra a Rússia se o país atacar a Ucrânia — atingindo grandes bancos russos, empresas estatais e importações importantes, embora a estratégia enfrente obstáculos que dificultaram campanhas de pressão anteriores.
Autoridades do governo disseram que as ações planejadas estão sendo finalizadas e não têm precedentes nas últimas décadas. Embora as decisões finais não tenham sido tomadas, disseram as autoridades, os alvos potenciais incluem vários dos maiores bancos estatais da Rússia, como o VTB Bank, a proibição de todo o comércio de novas emissões de dívida soberana russa e a aplicação de controles de exportação em setores-chave, como a microeletrônica avançada.
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Fora de consideração, por enquanto, estão as sanções às exportações de petróleo e gás natural ou a desconexão da Rússia do SWIFT, a infraestrutura básica que facilita as transações financeiras entre bancos em todo o mundo, disse um dos funcionários.
Esforços anteriores dos EUA para fazer guerra econômica produziram resultados mistos. O Irã e a Coreia do Norte, por exemplo, ajustaram-se ao longo do tempo a amplos embargos econômicos sobre seus programas de armas nucleares, embora não sem sofrimento contínuo para suas economias e seu povo.
Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em 2014 para anexar a Crimeia, o governo do ex-presidente Barack Obama mirou tecnologias de energia, dívida soberana e alguns bancos e empresas estatais, mas não causou danos profundos.
A Rússia está mais bem preparada agora, com maiores reservas em moeda estrangeira, menos dependência da dívida externa, crescimento econômico mais rápido e aumento dos preços do petróleo — a principal fonte de receita do país.
O papel da Rússia como principal exportador de petróleo e gás e sua integração econômica com a Europa já impediram os EUA de aplicar sanções amplas por preocupação de que elas afetariam os mercados globais e os aliados europeus.