Um Hércules C-130 da Força Aérea americana no aeroporto internacional de Trípoli: o Pentágono se negou a dar detalhes sobre a rota dos destróieres (Gianluigi Guercia/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2012 às 09h16.
Washington - A Marinha dos Estados Unidos enviou nesta quarta-feira dois destróieres à costa líbia, após a morte de quatro funcionários - incluindo o embaixador americano na Líbia - em um ataque ao consulado dos EUA em Benghazi.
"Dois destróieres estão seguindo para as proximidades da Líbia, mas apenas por medida de precaução", informou o porta-voz do Pentágono George Little.
"Sem querer comentar movimentos específicos de navios, os militares americanos adotam regularmente medidas de precaução para certas situações...", disse o porta-voz, descartando uma operação militar iminente na região.
Little se negou a dar detalhes sobre a rota dos destróieres, por razões "óbvias" de "precaução".
Durante esta quarta-feira, os Estados Unidos anunciaram o envio à Líbia de uma equipe de 50 fuzileiros especializados na luta antiterrorista, um dia após o ataque contra o consulado em Benghazi que matou quatro funcionários americanos - incluindo o embaixador Chris Stevens - e feriu outros três.
"A Marinha está enviando um FAST (Frota Antiterrorista e de Segurança) à Líbia", disse à AFP um funcionário, que pediu para não ser identificado.
O dispositivo FAST é utilizado para proteger as forças e as instalações americanas quando existe uma importante ameaça à segurança, segundo o site da Marinha dos Estados Unidos.
O presidente Barack Obama também determinou nesta quarta-feira a saída da maior parte do pessoal americano na Líbia e ordenou uma revisão da segurança em todas as missões diplomáticas dos Estados Unidos no mundo.
As autoridades líbias pediram desculpas a Washington e acusaram partidários do regime deposto de Muamar Kadhafi e a Al-Qaeda pelo ataque ocorrido no dia do 11º aniversário dos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos cometidos pela rede islâmica.
Antes do ataque, o consulado americano em Benghazi foi cercado por manifestantes que protestavam contra o filme "Innocence of Muslims" ("A inocência dos muçulmanos"), dirigido e produzido por Sam Bacile, um israelense-americano que afirma que o Islã é "uma religião do ódio" e um "câncer".