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Com posse de Trump, EUA enfrenta novo impasse sobre o teto da dívida

Teto de US$ 36 trilhões pressiona Congresso dividido a agir rapidamente para evitar calote histórico

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 08h50.

Última atualização em 20 de janeiro de 2025 às 11h22.

Os Estados Unidos devem atingir o teto da dívida nacional nesta terça-feira, 21, um dia após a posse do presidente eleito Donald Trump. A previsão foi comunicada pela secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, ao Congresso na última sexta-feira, 17.

Em carta, ela informa que o Tesouro vai adotar “medidas extraordinárias” até o dia 14 de março e pede que os congressistas aumentem ou suspendam o teto para evitar o risco de calote.

A aproximação do limite do teto aumenta a pressão nos parlamentares republicanos, que, apesar de serem maioria no Capitólio, não formaram ainda um consenso sobre como endereçar o problema.

O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, enfrenta a resistência de alguns de seus colegas mais conservadores, que querem diminuir o teto da dívida, e não aumentá-lo. Sem uma ampla maioria, talvez ele precise de democratas para conseguir aprovar um projeto sobre o tema.

Em dezembro, Trump exigiu que os congressistas aprovassem um pacote de gastos temporários em que se previa a suspensão do teto da dívida até janeiro de 2027. Sem o apoio de um número significativo de parlamentares republicanos, o pacote não conseguiu passar.

Suspenso em junho de 2023, após uma batalha no Congresso para evitar um calote, o teto da dívida americano voltou a vigorar no último dia 2 de janeiro. Atualmente, o limite fixado é de US$ 36 trilhões.

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