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EUA endurecem política contra subsídio de ONGs estrangeiras pró-aborto

Secretário de Estado disse estar "orgulhoso" desta política que classificou como "correta" e "decente"

Governo do presidente Donald Trump anunciou que vai endurecer sua política contrária ao aborto (Getty Images/Reprodução)

Governo do presidente Donald Trump anunciou que vai endurecer sua política contrária ao aborto (Getty Images/Reprodução)

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AFP

Publicado em 26 de março de 2019 às 13h54.

O governo do presidente Donald Trump anunciou que vai endurecer sua política contrária ao aborto, proibindo que a ajuda internacional dos Estados Unidos chegue a ONGs que ajudam outras organizações que colaboram, ou militam a favor da interrupção da gravidez.

"Vamos esclarecer que nos negaremos a dar ajuda a ONGs estrangeiras que entregarem ajuda financeira a outras organizações estrangeiras na indústria global do aborto", afirmou o secretário de Estado, Mike Pompeo, em entrevista coletiva.

Poucos dias depois de assumir, em 23 de janeiro de 2017, o presidente americano, Donald Trump, anunciou que reativaria uma antiga política para limitar o financiamento de ONGs estrangeiras pró-aborto.

"Hoje vamos anunciar novas reformas para avançar em nossos esforços para proteger todos e vamos continuar nos negando a dar assistência às organizações estrangeiras que realizarem, ou promoverem o aborto como um método de planejamento familiar", disse ele.

Pompeo disse estar "orgulhoso" desta política que classificou como "correta" e "decente" e acrescentou que, como secretário de Estado, instruiu suas equipes para que "realizem as ações apropriadas para implementar esta política tão amplamente quanto for possível".

Esta medida também é conhecida como "Mexico City Policy", porque foi anunciada durante a presidência do republicano Ronald Reagan na conferência internacional das Nações Unidas realizada na capital mexicana em 1984.

A política, reativada por Trump, estabelece que os fundos federais de ajuda internacional não podem ser destinados a ONGs estrangeiras que pratiquem aborto, ou militem para que seja legalizado.

Esta restrição havia sido anulada pelo democrata Bill Clinton (1993-2001), ressuscitada pelo republicano George W. Bush (2001-2009) e novamente anulada por Barack Obama (2009-2017).

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