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EUA emitem alerta de saúde sobre Cuba após ataques a funcionários

Estudo indica que foram observadas "disfunções oculomotoras, vestibulares e cognitivas persistentes" nos funcionários americanos

Embaixada americana em Cuba: o alerta do Departamento de Estado é "de âmbito nacional", (Chip Somodevilla/Getty Images)

Embaixada americana em Cuba: o alerta do Departamento de Estado é "de âmbito nacional", (Chip Somodevilla/Getty Images)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 16h40.

Washington - O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu um alerta de saúde sobre Cuba depois dos ataques "específicos dirigidos" aos seus funcionários em Havana com base em um estudo publicado nesta quinta-feira pela revista "JAMA", da Associação Médica Americana.

Dos 24 cidadãos que Estados Unidos identificaram como possíveis vítimas, 21 se submeteram a uma avaliação científica para verificar a possibilidade da existência de distúrbios neurológicos relacionados aos incidentes.

O estudo indica que foram observadas "disfunções oculomotoras, vestibulares e cognitivas persistentes", bem como "dificuldade para dormir, problemas auditivos e dores de cabeça" associados aos reportes de "um fenômeno sensorial e/ou audível direcional de origem a ser esclarecido".

A relação Estados Unidos e Cuba passou por um momento muito delicado porque o governo americano acusa o governo cubano de saber quem cometeu os supostos ataques aos seus funcionários na ilha, entre novembro 2016 e agosto de 2017, e não dizer, além de não ter dado a proteção adequada. O Executivo cubano nega.

O alerta do Departamento de Estado é "de âmbito nacional", ainda que até agora só tenham sido relatados casos em Havana, e tem como objetivo "detalhar como vários funcionários do governo dos Estados Unidos parecem ter sido alvos de ataques específicos e que muitos deles ficaram feridos como consequência desses ataques".

O aviso, publicado no portal sobre Cuba do Departamento de Estado, direciona ao link do estudo da "JAMA". A investigação "preliminar" conclui que os afetados por estes ataques "parecem sofrer danos prolongados em redes cerebrais extensas sem um histórico associado de traumatismo cerebral".

"Os resultados do estudo despertam preocupação por um novo mecanismo de possível dano cerebral adquirido a partir da exposição direcionada de origem indeterminada", diz o texto.

Ao todo, 18 dos 21 cidadãos que se submeteram a esta avaliação disseram ter ouvido um som localizado dentro de suas casas e em quartos de hotel quando os sintomas começaram. Os sons foram descritos como "direcionados, intensamente altos e com tonalidade pura e sustentada".

Dezesseis disseram que os sons eram agudo e dois disseram que eram grave. Geralmente se referiram a estes sons como "zumbidos", "ruídos de metal" ou "gritos penetrantes".

Durante meses, os Estados Unidos qualificaram esses ataques de "sônicos", mas em uma audiência em 9 de janeiro, no Senado, o Departamento de Estado admitiu pela primeira vez que não tinha certeza se eram agressões acústicas.

Além dos funcionários, o órgão informou que 19 americanos que visitaram Cuba a passeio reportaram desde setembro os mesmos sintomas que os diplomatas.

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