Alex Salmon, premiê escocês, durante evento que lembrou os 25 anos do atentado de Lockerbie, na Escócia (Reuters)
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2013 às 16h11.
Famílias das vítimas do atentado contra um avião da companhia americana Pan Am, que deixou 270 mortos há 25 anos sobre a cidade de Lockerbie (Escócia), participam neste sábado de cerimônias na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos.
Ao lado do representante do governo americano Craig Lynes, o primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, depositou uma coroa de flores em frente ao monumento em homenagem aos mortos dessa tragédia, no cemitério Dryfesdale da pequena cidade de Lockerbie.
"Dos atos impiedosos e covardes cometidos na História por aqueles que tentam disseminar o terror em nossos corações, vem a força de continuar lutando e de impedir que pessoas e organizações cometam atrocidades semelhantes", declarou Craig Lynes.
"Estamos todos unidos na busca da verdade", acrescentou.
Apenas uma pessoa foi condenada por esse atentado.
Uma missa será realizada em Londres, na Abadia de Westminster. O secretário de Estado britânico para a Escócia, Alistair Carmichael, deve comparecer ao evento.
Do outro lado do Atlântico, também há cerimônias previstas. Uma será no cemitério militar de Arlington, perto de Washington, com a presença do procurador-geral dos EUA (ministro da Justiça), Eric Holder, e de representantes escoceses. A outra acontecerá na Universidade de Siracusa, em Nova York, cidade de várias vítimas do atentado.
Em nota divulgada neste sábado, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, garantiu que "o terrorismo não triunfará jamais". Para ele, "Lockerbie é um dos piores desastres da aviação e o ato terrorista mais sangrento já cometido no Reino Unido".
Em 21 de dezembro de 1988, um Boeing 747 da Pan Am, que voava entre Londres e Nova York, explodiu acima de Lockerbie, na Escócia, 38 minutos depois de ter decolado. Os 259 passageiros - americanos, basicamente - e membros da tripulação morreram, assim como 11 moradores de Lockerbie.
Em 2003, o regime de Muamar Khadafi reconheceu oficialmente sua responsabilidade no atentado e, depois, pagou US$ 2,7 bilhões de indenização às famílias das vítimas.
A única pessoa condenada, Abdelbaset al-Megrahi, faleceu em maio de 2012 na Líbia, após ser solto três anos antes pelo governo escocês por razões de saúde.