México, Estados Unidos e Canadá estão negociando o acordo do Nafta, que Trump considera que o convênio comercial prejudica a indústria e o emprego em seu país (Getty Images/Getty Images)
EFE
Publicado em 9 de agosto de 2018 às 15h20.
Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, e o ministro das Relações Exteriores do México, Luis Videgaray, coincidiram na "importância" de se chegar a um acordo sobre o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), indicou nesta quinta-feira o Departamento de Estado dos EUA.
A porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, informou hoje sobre a conversa telefônica entre Pompeo e Videgaray, que aconteceu ontem, pouco antes de o próprio chanceler mexicano viajar para Washington para revisar a evolução das negociações comerciais.
Pompeo e Videgaray também conversaram sobre a "importância de reduzir a imigração irregular", de pessoas que atravessam o México fugindo, em sua maioria, da violência e da falta de oportunidades econômicas do Triângulo Norte da América Central (El Salvador, Guatemala e Honduras).
Os titulares de Relações Exteriores de EUA e México também falaram da necessidade de um "maior investimento" na América Central para enfrentar os desafios em matéria de economia, de segurança e para fortalecer as instituições.
"Eles também falaram da importância de se chegar a um acordo sobre o Nafta", disse Nauert, sem oferecer mais detalhes.
Videgaray está hoje em Washington junto com o secretário de Economia do México, Ildefonso Guajardo, e Jesús Seade, designado como chefe negociador do Nafta por parte da equipe do próximo presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que assumirá o poder em 1º de dezembro.
No dia 1º de agosto, Videgaray, Guajardo e Seade efetuaram outra viagem à capital americana para participar de uma reunião de renegociação do Nafta.
México, Estados Unidos e Canadá estão imersos em uma complexa renegociação do Nafta, em vigor desde 1994, a pedido do presidente americano, Donald Trump, que considera que o convênio comercial prejudica a indústria e o emprego em seu país.
No fim de julho, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse que as negociações sobre o tratado estavam "perto de acabar".