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EUA e Coreia do Sul fazem manobras de combate em clima de tensão

O exercício coordena, em solo sul-coreano, manobras no terreno e práticas de artilharia através de uma simulação por computador

Exército: exercício de combate prepara respostas perante possíveis "provocações" de Pyongyang (Chung Sung-Jun/Getty Images)

Exército: exercício de combate prepara respostas perante possíveis "provocações" de Pyongyang (Chung Sung-Jun/Getty Images)

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EFE

Publicado em 13 de março de 2017 às 08h55.

Seul - Os exércitos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos começaram nesta segunda-feira suas manobras anuais de combate simulado Key Resolve, em um momento de especial tensão na península após os últimos testes armamentistas do Norte e o início da instalação do escudo THAAD.

O exercício, que coordena em solo sul-coreano manobras no terreno e práticas de artilharia através de uma simulação por computador, será realizado até o próximo dia 24 de março, segundo confirmou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano.

A mesma fonte explicou também que as forças aéreas sul-coreanas estão realizando um exercício de combate para preparar respostas perante possíveis "provocações" de Pyongyang que durará até 17 de março e no qual participam 50 aeronaves, entre elas os caças F-15 e FA-50.

Como vem sendo habitual nos últimos anos, o Key Resolve coincide com a realização na Coreia do Sul das manobras conjuntas Foal Eagle, que começaram no dia 1º de março e durarão até o final de abril.

Os exercícios Foal Eagle - que envolvem a forças de infantaria, navais e aéreas sul-coreanas e americanas - deste ano são os maiores até o momento, depois que o regime norte-coreano realizou um número recorde de testes armamentistas em 2016.

Pyongyang, que considera todas estas manobras como um ensaio para invadir seu território, lançou no último dia 6 de março quatro mísseis balísticos de médio alcance que caíram em águas japonesas, redobrando a tensão regional.

A isto se soma a instalação, que começou na semana passada, em solo sul-coreano do THAAD, um sistema para derrubar projéteis norte-coreanos que ameacem cair sobre o vizinho do sul e que, além de despertar a rejeição do regime de Kim Jong-un, também suscitou fortes críticas da China.

Pequim considera que os radares do THAAD podem interferir em seus sistemas de defesa e, em represália, está realizando um boicote comercial encoberto contra interesses sul-coreanos.

Ao clima de tensão e incerteza é preciso acrescentar a crise política na Coreia do Sul por conta do caso da "Rasputina", que provocou a cassação da presidente Park Geun-hye, e o assassinato na Malásia do irmão do líder norte-coreano, do qual Seul acusa abertamente Pyongyang, que nega qualquer participação.

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