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EUA e Coreia do Sul concluem manobras militares conjuntas

O término provoca a esperança de uma redução da tensão na península coreana, marcada pelas ambições nucleares e militares da Coreia do Norte

Tanques sul-coreanos avançam durante as manobras militares conjuntas com os Estados Unidos (AFP / Kim Jae-Hwan)

Tanques sul-coreanos avançam durante as manobras militares conjuntas com os Estados Unidos (AFP / Kim Jae-Hwan)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2013 às 07h40.

Seul - Coreia do Sul e Estados Unidos concluíram nesta terça-feira as manobras conjuntas, o que provoca a esperança de uma redução da tensão na península coreana, marcada pelas ambições nucleares e militares da Coreia do Norte.

As manobras batizadas de "Foal Eagle" mobilizaram durante meses as Forças Armadas sul-coreanas e um terço dos 28.500 soldados americanos presentes na Coreia do Sul.

"As manobras estão concluídas, mas as tropas sul-coreanas e americanas permanecerão atentas a qualquer provocação potencial da Coreia do Norte, incluindo um disparo de míssil", declarou o porta-voz do ministério sul-coreano da Defesa, Kim Min-Seok.

Como todos os anos, Pyongyang condenou os exercícios, que compara à invasão de seu território pelo Sul com a ajuda de Washington, que fez muita publicidade do voo em céu sul-coreano de seus caças com capacidade nuclear.

Segundo o ex-ministro sul-coreano da Unificação Lee Jae-Joung, "este ano as manobras foram muito mais agressivas, o que fez com que a Coreia do Norte fosse mais agressiva".

Estas manobras "são a causa principal" das tensões que "deixam a península coreana à beira da guerra nuclear", afirmou o jornal oficial do Partido Comunista norte-coreano, Rodong Sinmun, em um editorial publicado na segunda-feira.


A tensão na Península Coreana aumentou depois da aprovação na ONU de uma nova série de sanções em resposta ao terceiro teste nuclear executado pelo Norte em fevereiro.

Pyongyang faz desde então ameaças de ataques com mísseis, assim como de uma guerra nuclear, e deslocou para sua costa veículos lançadores de mísseis de alcance variável.

"Com o fim das manobras, há menos possibilidades de um confronto acidental", afirma Paik Hak-Soon, especialista em Coreia do Norte do centro de estudos Sejong Institute de Seul.

O próximo motivo de irritação de Pyongyang pode ser o encontro, previsto para 7 de maio em Washington, entre o presidente Barack Obama e sua colega sul-coreana Park Geun-Hye, que tomou posse em fevereiro.

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