Bombardeios em Sirte, na Líbia: “Estamos profundamente preocupados com as informações de que combatentes bombardearam áreas densamente povoadas da cidade" (Ahmad al-Rubaye/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2015 às 10h32.
Os Estados Unidos, a França, a Alemanha, a Itália, a Espanha e a Grã-Bretanha denunciaram, em comunicado conjunto, os atos “bárbaros” cometidos pelo autoproclamado grupo Estado Islâmico na Líbia.
Os países apelaram ainda aos grupos da oposição para que formem um governo de união nacional.
A cidade líbia de Sirte assistiu a confrontos violentos na semana passada, quando os habitantes recorreram às armas para tentar expulsar o grupo Estado Islâmico da cidade, controlada pelos jihadistas desde junho.
Os combates provocaram a morte de dezenas de pessoas, incluindo pelo menos 34 pessoas executadas por membros do Estado Islâmico.
“Estamos profundamente preocupados com as informações de que combatentes bombardearam áreas densamente povoadas da cidade e cometeram atos de violência de forma indiscriminada para aterrorizar a população líbia”, diz o comunicado publicado no domingo (16) à noite pelo Departamento de Estado norte-americano.
O documento apela às partes em conflito na Líbia para que “juntem esforços para combater a ameaça que constituem os grupos terroristas transnacionais que exploram a situação na Líbia para atingir os seus próprios objetivos”.
A situação em Syrte “sublinha a necessidade urgente de que vários grupos políticos na Líbia cheguem a um acordo para a formação de um governo de união nacional que, em conformidade com a comunidade internacional, possa assegurar a segurança à população, diante dos grupos extremistas violentos que procuram destabilizar o país”, acrescenta o texto.
Desde a queda de Mouammar Kadhafi, em 2011, a Líbia está entregue a milícias, tendo dois parlamentos e dois governos que disputam o poder. As negociações, organizadas pela ONU, para instalar um governo de união nacional fracassaram até agora.
Os seis países signatários do comunicado sublinham também que “não há uma solução militar para o conflito na Líbia”.