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(Brendan Mcdermid/Reuters)
AFP
Publicado em 23 de maio de 2021 às 15h11.
O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, disse neste domingo (23) que não está claro se o Irã está preparado para tomar as medidas necessárias para permitir que volte a cumprir o acordo nuclear internacional.
Falando antes de uma quinta rodada de negociações em Viena sobre o resgate desse acordo, Blinken foi questionado sobre informações do lado iraniano que indicavam que Washington já havia concordado em suspender algumas das sanções que pesam sobre a economia iraniana.
"Nós sabemos quais sanções devem ser levantadas se forem incompatíveis com o acordo nuclear", disse ele à ABC. E ele considerou que o mais importante é que o Irã "saiba o que precisa fazer para cumprir novamente as questões nucleares".
"O que não vimos é se o Irã está pronto para tomar uma decisão", disse ele. “Esse é o teste e ainda não temos uma resposta”, acrescentou.
Donald Trump retirou o país do acordo em 2017, dizendo que Teerã havia violado seu "espírito" e permanecia uma ameaça regional.
Seu sucessor Joe Biden quer reviver o compromisso. Para que isso aconteça, Washington deve concordar em suspender as sanções restabelecidas por Trump, e Teerã deve se comprometer a cumprir os termos do acordo.
Assim que Trump decidiu desistir do acordo, a república islâmica começou a suspender as restrições à sua produção de material nuclear.
Os participantes europeus nas negociações de Viena expressaram otimismo após a última rodada de negociações, concluída na quarta-feira.
"Fizemos bons progressos", escreveu Enrique Mora, autoridade da União Europeia que presidiu as negociações entre Rússia, China, Alemanha, França, Reino Unido e Irã, no Twitter na quarta-feira.
"Se desenha um acordo", acrescentou.
Negociações indiretas entre Washington e Teerã vêm ocorrendo na capital austríaca desde o início de abril, com os outros cinco países signatários do acordo atuando como intermediários.
Diplomatas esperam que os Estados Unidos voltem oficialmente para o acordo antes das eleições presidenciais iranianas em 18 de junho.