Venezuelanos: cálculos indicam que cerca de 550.000 venezuelanos já estão instalados na Colômbia (Jaime Saldarriaga/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de maio de 2018 às 20h58.
Washington - O subsecretário de Estado dos Estados Unidos, John Sullivan, anunciou nesta terça-feira que seu governo concederá US$ 18,5 milhões adicionais à Colômbia para apoiar os venezuelanos que fogem da crise que castiga seu país.
Sullivan fez o anúncio durante a 48ª Conferência das Américas, realizada no Departamento de Estado em e Washington patrocinada pelo centro de estudos Conselho das Américas.
Os US$ 18,5 milhões fornecidos diretamente ao governo colombiano para lidar com a chegada de refugiados venezuelanos se somam aos US$ 2,5 milhões repassados no último mês de março, enquanto os EUA também canalizaram recursos para eles através do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Em seu discurso, Sullivan reforçou que o governo de Nicolás Maduro deve permitir a entrada da ajuda humanitária internacional, e insistiu na falta da legitimidade dos pleitos presidenciais convocados para o próximo dia 20 maio.
"Seguimos apoiando o povo venezuelano e o seu direito a realizar eleições livres e democráticas", destacou o diplomata americano.
Durante a Cúpula das Américas, realizada em Lima no mês passado, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, anunciou US$ 16 milhões de ajuda humanitária para os venezuelanos que abandonaram o país devido à crise política e econômica através das Nações Unidas.
Aquela foi a maior ajuda destinada até o momento, portanto, a de hoje é a maior verba dotada pelo governo americano para atenuar a crise humanitária que vivem os refugiados venezuelanos.
Os cálculos indicam que cerca de 550.000 venezuelanos já estão instalados na Colômbia devido à profunda crise econômica que vive seu país, enquanto 35.000 cruzam a cada dia a fronteira com a Colômbia, alguns na busca de remédios e alimentos, outros na busca de um futuro melhor para estabelecer-se de forma permanente.
A Venezuela perdeu mais de 40% do seu Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos quatro anos e registra uma inflação disparada que se espere que alcance 13.000% este ano, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).