Donald Trump: Abdel-Mahdi "estava em outra parte do Iraque e não pôde comparecer ao encontro", acrescentou Sarah Sanders. (Jim Young/Reuters)
EFE
Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 14h18.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não pôde se reunir com o primeiro-ministro do Iraque , Adil Abdel-Mahdi, em sua viagem ao país árabe porque, por "razões de segurança", só puderam avisá-lo duas horas antes, segundo a Casa Branca.
Em declarações aos jornalistas que viajaram com o presidente americano, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, explicou que, "por razões de segurança, a Casa Branca só pôde convidar o primeiro-ministro duas horas antes do horário programado para a reunião".
Abdel-Mahdi "estava em outra parte do Iraque e não pôde comparecer ao encontro", acrescentou Sarah Sanders.
A assessoria de imprensa do primeiro-ministro iraquiano, por sua vez, garantiu em uma nota que o encontro não aconteceu por uma falta de acordo.
"Supunha-se que aconteceria uma recepção oficial e uma reunião entre o primeiro-ministro Adil Abdel-Mahdi e o presidente americano, mas houve uma divergência de opiniões para organizar a reunião, que foi substituída por uma conversa telefônica", afirmou a assessoria no comunicado.
Durante essa conversa telefônica, Trump convidou Abdel-Mahdi para visitar a Casa Branca e o primeiro-ministro aceitou, segundo Sarah Sanders.
Além disso, a porta-voz explicou que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, se reunirá com Abdel-Mahdi em Bagdá no dia 11 de janeiro.
Trump e a primeira-dama, Melania, visitaram ontem, de surpresa, as tropas americanas no Iraque, a primeira visita do atual presidente a soldados destacados no exterior.
O casal presidencial visitou a base americana de Ain al Assad, na província iraquiana de Al Anbar, no oeste do Iraque. Além disso, na viagem de volta a Washington, a comitiva parou na Alemanha para cumprimentar durante cerca de 45 minutos os soldados da base militar americana de Ramstein.
Na semana passada, Trump anunciou a retirada dos 2 mil soldados americanos destacados na Síria como parte da coalizão internacional que combate o Estado Islâmico (EI).
Segundo veículos de imprensa locais, o governante também ordenou a retirada de metade dos 14 mil militares que estão no Afeganistão, mas isto não foi confirmado oficialmente.
No Iraque, o Pentágono tem cerca de 5.200 soldados como parte da coalizão contra o EI.
Na semana passada, Pompeo garantiu para Abdel-Mahdi que os EUA seguem comprometidos com "a soberania e a integridade territorial" do Iraque e prometeu que a coalizão internacional "continuará trabalhando estreitamente com as Forças Armadas iraquianas para derrotar o que restou do EI".