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EUA dizem que diplomatas poderão viajar por Cuba

O governo americano disse que os diplomatas de sua nova embaixada em Cuba terão liberdade para viajar pela ilha


	Cuba: segundo o governo dos EUA, os cubanos poderão ir à embaixada americana "sem medo e sem a presença de segurança excessiva"
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Cuba: segundo o governo dos EUA, os cubanos poderão ir à embaixada americana "sem medo e sem a presença de segurança excessiva" (interbrandsp)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 21h07.

Washington - Os Estados Unidos afirmaram nesta quarta-feira que os diplomatas de sua nova embaixada em Cuba terão "muito mais liberdade e flexibilidade" para viajar pela ilha e falar com cubanos do que têm agora, e a delegação em Havana operará "de modo semelhante" a outras missões americanas "em entornos restritivos".

Segundo o governo americano, os cubanos poderão ir à embaixada americana "sem medo e sem a presença de segurança excessiva".

"Nossos diplomatas terão muito mais liberdade e flexibilidade para viajar do que agora, terão capacidade de viajar e falar com as pessoas como não tínhamos no passado", afirmou uma alta funcionária do Departamento de Estado, que pediu o anonimato, em uma conferência telefônica com jornalistas.

Atualmente, os diplomatas do Escritório de Interesses dos EUA em Havana devem pedir "permissão" ao governo cubano para viajar por Cuba, enquanto "no futuro só terão que notificar" que planejam fazer uma viagem, em virtude do acordo bilateral para restabelecer as relações diplomáticas, explicou.

"Vamos ampliar a categoria de cubanos com que temos diálogo, (até agora) não tivemos a possibilidade de conversar com cubanos no interior de Cuba. Queremos falar com quantos cubanos dos 11 milhões que há na ilha for possível", afirmou a funcionária.

"Temos certeza que nossa embaixada em Havana poderá operar de forma semelhante a outras embaixadas em entornos restritivos. Poderemos nos reunir e trocar opiniões com uma variedade de vozes, tanto no governo cubano como na sociedade civil", acrescentou.

Os Estados Unidos estão "satisfeitos" com as condições estipuladas, "incluído o acesso (dos cidadãos cubanos) às instalações diplomáticas, as viagens dos diplomatas e os níveis de pessoal" de sua futura embaixada em Havana, segundo a fonte.

No Escritório de Interesses dos EUA em Havana, que se transformará em embaixada em 20 de julho, trabalham atualmente mais de 300 pessoas, que entre 50 e 60 são funcionários americanos, e não esperam que esses números mudem em breve, de acordo com a funcionária.

Em relação ao acesso dos cidadãos cubanos à missão, a fonte assegurou que os Estados Unidos irão "apoiar" as pessoas em Cuba que "estão lutando por seus direitos".

"Isso significa que vão ter acesso à embaixada como têm acesso agora ao Escritório de Interesses. Todos os cubanos poderão se aproximar do Escritório de Interesses e da embaixada no futuro sem medo e sem uma presença de segurança excessiva, isso foi estipulado" no pacto para restabelecer as relações, garantiu.

A funcionária disse ainda que o acesso à internet que o Escritório de Interesses americano proporciona aos cubanos "não foi objeto de restrições no acordo".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já está falando com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, sobre a nomeação do futuro embaixador americano em Cuba, segundo a funcionária.

No curto prazo, o atual chefe do Escritório de Interesses dos Estados Unidos na ilha, Jeffrey DeLaurentis, se tornará o encarregado de negócios da embaixada a partir do 20 de julho e dirigirá a missão até um embaixador ser confirmado pelo Senado. 

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